Após conquista inédita no Pan, Evangelista mira World Pro: ‘Quero o título da categoria e o ranking‘
*por Diogo Santarém
Embalado pelo título inédito no Pan-Americano de Jiu-Jitsu da IBJJF, realizado no último mês de março, nos Estados Unidos, Ricardo Evangelista agora foca sua atenção no Abu Dhabi World Pro 2019, principal competição da UAEJJF e que fecha a temporada da Federação. Inscrito no master e no adulto, o “Jegue” tem três objetivos em mente: ajudar o parceiro Igor Silva – líder do ranking no master 1 -, vencer sua categoria no adulto e, se possível, faturar também o ranking geral (ele atualmente é o terceiro).
A primeira missão foi cumprida com sucesso nesta terça-feira (23), quando Evangelista deu passagem para Igor nas semifinais do master 1 na faixa preta e, de quebra, ainda ficou com o bronze ao derrotar Fábio Galeb. Focado no adulto, o brasileiro – residente dos Emirados Árabes Unidos – volta a lutar na quinta-feira, quando encara grandes nomes na divisão até 110kg em busca do ouro. Se triunfar e contar com tropeços de Gabriel Sousa e Diego Ramalho, primeiro e segundo, respectivamente, ainda levará o ranking geral.
“Sem dúvida meu grande objetivo na temporada é o World Pro. Eu fiz um camp específico para a competição e estarei preparado tecnicamente para todas as lutas, porque diferente dos campeonatos da IBJJF, são somente seis minutos de luta e isso faz toda a diferença na hora de montar as estratégias. O foco será mais uma vez em conquistar o título da categoria e quem sabe o ranking também, para fechar a temporada da UAEJJF com chave de ouro”, afirmou Evangelista em entrevista à TATAME.
Antes de lutar o World Pro, que terá suas disputas no adulto sendo realizadas dias 24, 25 e 26, Evangelista brilhou no Pan-Americano da IBJJF. Lutando de pesadíssimo, o brasileiro chegou na final da categoria onde encontrou Max Gimenis, seu companheiro de GFTeam. Os dois, então, fecharam, com o ouro ficando com Ricardo, o primeiro dele no Pan.
“O sentimento é de dever cumprido. Poder fechar uma final com um amigo de treino demonstra que o trabalho realizado pela equipe foi bem feito. Eu já era faixa-preta quando conheci o Max e fico muito feliz em saber que ainda ‘estou no jogo‘ junto com essa galera da nova geração. Tenho certeza de que posso muito mais. Senti um pouco o cansaço da viagem pois a diferença de fuso horário (Emirados Árabes – Estados Unidos) era bem grande e eu tenho que me planejar para chegar pelo menos uma semana antes em eventos tão importantes, casos do Pan e o Mundial”, disse Ricardo, que definiu seu embate contra Antônio Braga Neto como o mais difícil na competição realizada na Califórnia (EUA).
“O Pan sempre é um evento de alto nível desde as faixas coloridas até os faixas-preta. Nosso esporte já deixou de ser amador há muitos anos, todos os atletas demonstram uma qualidade técnica e física incrível, fruto de uma preparação específica para cada competição. Minha luta mais dura foi contra o Braga Neto, um atleta experiente e perigoso, por isso nossa luta não teve muita movimentação, mas tenho certeza de que os ataques que eu fiz foram decisivos na hora do resultado“, encerrou o representante da GFTeam.
*direto de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos