Jéssica Bate-Estaca aponta Calvillo ou Murphy como rivais antes de luta por título peso-mosca: ‘Não vou furar a fila’
* O último mês de outubro foi importante para Jéssica Bate-Estaca. A ex-campeã peso-palha deixou a divisão e decidiu subir para o peso mosca, onde estreou com uma expressiva vitória sobre Katlyn Chookagian por nocaute técnico ainda no primeiro round. O feito colocou, de imediato, a brasileira no primeiro lugar do ranking da categoria até 57kg. E agora, qual será o próximo passo da lutadora: disputar o cinturão?
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Segundo Jéssica, ela precisa lutar com mais uma oponente até se credenciar ao title shot. A atual campeã Valentina Shevchenko vai encarar a brasileira Jennifer Maia no próximo dia 21. Desta maneira, Bate-Estaca acredita que deve enfrentar Cynthia Calvillo, quarta no ranking, ou Lauren Murphy, que é a quinta.
“Acredito que o UFC me dará uma luta com a Calvillo ou a Murphy. Eu entrei para fazer um movimento na divisão (mosca), acho que vou conseguir fazer, não que eu seja tão importante (risos). Tenho grandes marcas no UFC e na carreira. Não estou indo para passar à frente de ninguém e tem elas duas que estão aí. Mesmo eu sendo a número 1, elas vêm lutando e vencendo. Acredito que o UFC me dê a chance de lutar com elas até a luta da Valentina e a Jennifer”, destacou a brasileira em entrevista exclusiva à TATAME.
Bate-Estaca ainda comentou sobre o triunfo diante de Chookagian, a sensação de lutar no peso mosca, o feito histórico de ser a primeira mulher no UFC a vencer em três categorias diferente, entre outros assuntos.
Confira abaixo outros trechos da entrevista:
– Análise da vitória sobre Chookagian
Fiquei muito feliz por ter vencido da forma como foi. Fiz tudo o que o meu mestre planejou. Melhorei muito a minha esquiva em relação à luta contra a Namajunas. Fiz o suficiente para sair dos golpes. Ela sendo mais alta, acho que me ajudou muito. Eu estava mais rápida também. Fiz a estratégia que era bater no corpo, trabalhar na grade, sair das finalizações dela e quedar se fosse preciso. Pensei que a luta fosse ser mais truncada, que precisaria fazer mais força. Essa estratégia era mais para o segundo round em diante.
– Sensação de lutar no peso mosca
Eu me dou bem nas três categorias. Quando desci do 61kg, não tinha 57kg. A opção era 52kg. Ou eu descia, ou ficaria ganhando e perdendo, sem conseguir evoluir. Não ia desenvolver como tinha que ser. Acho que nessa categoria (mosca) me senti muito bem. Lutar com 57kg me fez muito feliz. Nos 61kg eu podia comer na semana da luta e era mais tranquilo quanto ao processo de corte de peso. Já nos palhas, tinha a preocupação do peso, e isso mexeu muito com o meu psicológico. Agora, lutei super bem. Não quer dizer que eu vá ficar pra sempre nos moscas. Eu quero flutuar e estou disponível para o que o UFC precisar.
– Mais uma marca histórica alcançada
Sou uma lutadora que não me acomodo e estou buscando fazer coisas diferentes, como alcançar marcas e venho conseguindo isso. É muito bom para o Brasil e para a minha equipe. Quem sabe o UFC me dê a oportunidade de lutar no peso pena. Quero fazer coisas diferentes para lá na frente as pessoas lembrarem.
– Ida para Las Vegas no ano que vem
A minha ida para Las Vegas vai ser em janeiro do próximo ano (2021). O intuito é uma experiência para eu aprender a falar inglês, ficar mais próximo do UFC PI para trabalhar alimentação. Sou uma atleta que não suplementa, então, com orientações adequadas do UFC, posso suplementar da forma certa, comer de maneira correta e acho que isso vai me trazer mais força e potencial. De início é mais uma temporada. O mestre (Paraná) vai ficar definitivo. Eu gosto muito do meu país, se não der certo, eu volto pra cá (risos).
* Por Yago Rédua