Quem pode ser o próximo brasileiro campeão no UFC? Confira nomes de destaque e opine
Ano de 2023 pode coroar mais brasileiros como campeões dentro do UFC; TATAME lista nomes e traz retrospecto atual
* O ano de 2022, que no mês de novembro, teve Alex Poatan se tornando campeão peso-médio do UFC com uma vitória épica sobre Israel Adesanya, não terminou com um outro brasileiro conquistando cinturão por uma infelicidade. Ex-campeão meio-pesado, Glover Teixeira disputaria novamente o título da categoria no próximo dia 10 de dezembro, no card do UFC 282.
No entanto, uma lesão sofrida pelo seu adversário, Jiri Prochazka, mudou todo o rumo da divisão. Prochazka abriu mão do seu cinturão e, pelo fato de Glover Teixeira não ter aceitado enfrentar outro adversário com pouco tempo de antecedência, o Ultimate agiu rapidamente. Dessa forma, o último evento numerado da organização no ano terá Jan Blachowicz e Magomed Ankalaev disputando o cinturão vago da categoria dos meio-pesados.
Diante disso, com o ano de 2022 chegando ao fim, os planos se voltam para 2023. E a pergunta que fica é a seguinte: quais são os brasileiros com chances de conquistar o tão sonhado cinturão na próxima temporada? A TATAME listou os potenciais atletas tupiniquins que podem figurar entre novos campeões do Ultimate no próximo ano.
Confira abaixo:
Categoria peso-médio (até 84kg)
Paulo Borrachinha (14v–2d), número 6 do ranking, já disputou uma vez o cinturão, mas foi derrotado por Israel Adesenya. O brasileiro tem luta importantíssima no card do UFC 284, em fevereiro, contra o ex-campeão Robert Whittaker (24v–6d), atual número 2 da categoria. O vencedor, vale ressaltar, tem grandes chances de receber uma nova oportunidade de disputar o títulos dos 84kg. No entanto, a luta, que chegou a ser anunciada oficialmente pelo Ultimate, pode estar ameaçada, pois Borrachinha quer um reajuste em seu salário e disse recentemente que pode não entrar no octógono.
Outro nome que pode crescer categoria dos médios em 2023 é André Sergipano (23v–4d). Número 10 do ranking, o faixa-preta de Jiu-Jitsu venceu todas as cinco lutas que fez no Ultimate. O atleta, pelo menos até o momento, não tem luta agendada, mas vem “trocando farpas” com Marvin Vettori, quarto colocado no ranking e ex-desafiante ao título da divisão.
Categoria meio-médio (até 77kg)
O Brasil nunca teve um campeão nessa categoria dentro do UFC e tem em Gilbert Durinho (20v–5d), como um nome de destaque que pode trazer o cinturão para o país. Ex-desafiante ao título, sendo superado pelo ex-campeão Kamaru Usman, o brasileiro vem de derrota para Khamzat Chimaev no UFC 273. Gilbert, vale ressaltar, tem combate marcado contra Neil Magny no card do UFC 283, que será realizado no dia 21 de janeiro, no Rio de Janeiro.
Categoria peso-leve (até 70kg)
Charles Do Bronx (33v–9d-1NC), ex-campeão da categoria e agora número 1 do ranking, buscará nova chance de disputar o cinturão. No entanto, a tendência é que o brasileiro tenha que fazer uma luta – e tenha que vencer – para receber um novo title shot. Isso porque o atual campeão dos leves, Islam Makachev, lutará no card do UFC 284, em fevereiro, contra o campeão peso-pena, Alexander Volkanovski.
Categoria peso-mosca (até 57kg)
A divisão tem como atual campeão o brasileiro Deiveson Figueiredo (21v–d2–1e), que lutará em casa e com o apoio da torcida brasileira no card do UFC 283, em uma inédita tetralogia contra Brandon Moreno (20v–6d–2e), campeão interino, na unificação dos títulos da categoria.
A menos que ocorra mais um empate entre os campeões, o brasileiro Alexandre Pantoja (25v–5d), segundo colocado do ranking peso-mosca, deve ser o próximo desafiante ao título da divisão. Cabe salientar que Pantoja vem de três vitórias seguidas e não tem luta marcada no momento.
Número 6 no ranking da divisão até 57kg, Matheus Nicolau também é um nome que pode vir com força rumo à disputa de cinturão no ano de 2023. Com duelo marcado contra Matt Schnell, no próximo sábado (3), no card do UFC Orlando, o brasileiro, em caso de vitória, chegará ao seu quarto triunfo consecutivo na organização.
Peso-galo feminino (até 61kg).
Com Amanda Nunes (22v–5d) como atual detentora do cinturão, sua próxima desafiante deve ser a compatriota Ketlen Vieira (13v–2d), número 2 do ranking peso-galo, que vem de vitória sobre duas ex-campeãs, Miesha Tate e Holy Holm, o que reforça sua caminhada de respeito rumo ao title shot.
Peso-mosca feminino (até 57kg)
Taila Santos (19v–2d) está em segundo no ranking da divisão peso-mosca feminino e já teve sua chance de desafiar a campeã Valentina Shevchenko, mas foi derrotada na decisão dividida dos juízes. Todavia, ainda assim, Taila é a brasileira mais próxima dentre as moscas prestes a receber uma nova disputa de cinturão.
Jéssica “Bate Estaca” Andrade (23v–9d), ex-campeã peso-palha e ex-desafiante ao cinturão peso-mosca, tem lutado entre as duas categorias e sempre é um nome que pode figurar entre as possíveis desafiantes. Atualmente, a atleta é a sexta colocada entre as moscas e a quarta entre as palhas.
Peso-palha feminino (até 52kg)
Amanda Lemos (13v–2d–1e) e Marina Rodriguez (16v–2d–2e) recentemente disputaram a luta principal do UFC Fight Night 214, no UFC Apex, no qual Amanda saiu vitoriosa por nocaute. Com o resultado, a paraense deve ser a próxima desafiante ao título da categoria, que tem a chinesa Weili Zhang como a atual campeã.
Mesmo com a derrota sofrida para sua compatriota, Marina Rodriguez ainda está no Top 5 da categoria e, com cartel positivo no UFC (6v–2d–2e), pode receber a chance de disputar o cinturão no próximo ano dependendo dos seus resultados na temporada.
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- Texto por Carlos Eduardo Targa