Cain Velásquez participa da sua primeira competição após ficar oito meses preso; veja mais
Liberado da prisão após pagar uma fiança de US$ 1 milhão, Cain Velásquez entrou em ação em um torneio de Pro Wrestling; confira
Cain Velásquez participou de sua primeira competição após deixar a prisão (Foto: Reprodução/MMA Fighting)
Ex-campeão peso-pesado do UFC, Cain Velásquez voltou a fazer o que mais ama: estar a serviço das artes marciais. Em sua primeira aparição pública ao ser liberado sob pagamento de fiança após ficar cerca de oito meses preso, o atleta lutou em um duelo profissional três contra três válido pelo evento “Lucha Libre AAA”, de Pro-Wrestling, que aconteceu no último sábado (3), na Mullett Arena, no Arizona (EUA).
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Muito admirado pelos fãs, Cain recebeu longos aplaudos e foi aplaudido de pé pelo público ao se dirigir às arquibancadas: “Estar aqui na frente de vocês agora é um sonho que se torna realidade. Eu realmente aprecio tudo isso, tudo o que vocês sempre fizeram, apoiando a mim e minha família”, disse o americano de origem mexicana.
Cain Velásquez esteve em ação no mesmo evento em que fez sua estreia no Wrestling profissional, em 2019. O ex-campeão do UFC competiu em um duelo animado, repleta de pontos altos, e foi responsável por anotar a vitória para o seu time, fazendo o público ir ao delírio. Depois do triunfo, caiu tirou a máscara e se dirigiu ao público mais uma vez, agradecendo o apoio e deixando uma mensagem final: “Nunca deixe de acreditar. Nunca pare de lutar”.
Velasquez with the pin! This place just erupted. pic.twitter.com/bT1lCbMXFf
— Shaheen Al-Shatti (@shaunalshatti) December 4, 2022
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Após pagar uma fiança estimada em US$ 1 milhão, Cain Velásquez entrou com um pedido para competir, que foi aprovado por um juiz do Condado de Santa Clara, na Califórnia (EUA), e com isso, ele foi autorizado a viajar para o estado do Arizona. Com a decisão do juiz Arthur Bocanegra, Velásquez pôde deixar seu confinamento domiciliar sem a necessidade de ser monitorado por um GPS, algo que havia sido determinado pelo promotor municipal Leigh Frazier.
No entanto, por viajar sem monitoramento via GPS, o juiz do caso deixou claro que Cain deveria contratar um oficial da polícia para ter a missão de acompanhá-lo, e o lutador teria também que arcar com os custos da operação.
Relembre o caso
Cain Velásquez foi preso no dia 28 de fevereiro por, supostamente, perseguir uma caminhonete em alta velocidade e abrir fogo com uma arma calibre .40. Seu alvo seria Harry Goularte, de 43 anos, que é acusado de molestar um filho do ex-campeão peso-pesado do UFC. Um dos tiros atingiu o padrasto de Goularte.
Advogado de Cain Velásquez, Mark Geragos entrou com pedido de estipulação de uma fiança, visando que o lutador tivesse como aguardar pelo julgamento ao lado da sua família. Em seu argumento, Geragos argumentou que Cain não apresentava ameaça de fuga e também mostrou que havia retido os passaportes do lutador e também da esposa de Velásquez. Outro detalhe importante é que a corte recebeu 37 cartas que demonstravam apoio ao ex-campeão do UFC.
Vice-procurador geral do condado de Santa Clara, Aaron French, no entanto, mostrou um testemunho de autoria de Patrícia, mãe de Harry Goularte, que seria uma das passageiras do carro perseguido por Cain, e responsável por ter ligado para o 911 (número que atende chamadas de emergência nos EUA). French argumentou que os três indivíduos presentes no veículo estavam traumatizados por “ações horríveis naquele dia”.
Americano de origem mexicana, Cain possui um cartel de 14 vitórias, sendo 12 delas por nocaute, e três derrotas no MMA profissional. Atualmente com 39 anos, Velásquez fez sua última luta nas artes marciais mistas em fevereiro de 2019, quando foi nocauteado por Francis Ngannou – atual campeão peso-pesado do UFC – em apenas 26 segundos de combate.