Campeão Mundial Master, Diego Pereira relembra cirurgia no joelho: ‘Achei que não iria mais lutar’
Por: Yago Rédua
Quando um lutador sobe ao lugar mais alto do pódio, a grande maioria das pessoas não sabem o que aquele atleta fez para chegar ao primeiro lugar. As lutas diárias não são apenas nos tatames, mas também com os problemas físicos, lesões, questões financeiras. Em conversa com à TATAME, Diego Pereira, campeão no master 2, divisão super-pesado, no último Mundial Master, realizado no mês de agosto, em Las Vegas (EUA), contou toda a superação para garantir o ouro no evento da IBJJF. O representante da Ribeiro Jiu-Jitsu tinha, há alguns anos, o sonho de ser campeão, mas chegou a bater na trave em certas oportunidades e viu o sonho distante quando precisou passar por uma cirurgia no joelho.
“Bom, graças a Deus, venho tentando esse título há um tempo. Lutei o meu primeiro Mundial de Master em 2013 e acabei ficando em terceiro lugar na minha categoria, em 2015, acabei perdendo na minha segunda luta e, em 2016, fiquei em terceiro novamente na minha categoria e, também, em terceiro no absoluto. Passei o ano de 2016 lutando contra várias lesões após o Mundial e tive que passar por um procedimento cirúrgico, quando fiz a reconstrução do meu ligamento cruzado e meu menisco. Retornei as competições em julho de 2017, fazendo assim, sete meses de cirurgia e foquei no Mundial deste ano. Corrigi alguns erros nos meus treinamentos e, graças a Deus, depois de fazer cinco lutas muito duras, consegui me consagrar campeão na minha categoria e fiquei em terceiro no absoluto. Esse título significa, literalmente, uma superação pessoal, pois achei que não conseguiria mais lutar Jiu-Jitsu, pois tive que colocar dois parafusos em meu joelho, então, foi uma conquista muito importante, depois de passar por tudo que eu passei”, contou Diego.
Animado com a conquista do ouro no Mundial Master, Diego revelou que, logo após retornar dos Estados Unidos, iniciou a preparação para o International Pro de Brasília, que acontece nos dias 16 e 17 de setembro. O brasiliense ainda fez questão de elogiar o trabalho da FJJB.
“Assim que eu cheguei de Las Vegas, na quarta feira, dia 29 de agosto, no outro dia já voltei aos treinos visando as próximas competições. Então, tenho ainda uns dez dias pra treinar, mais vamos com tudo em busca dos novos desafios. A nossa federação aqui de Brasília vem fazendo um excelente trabalho com o presidente Rodrigo Natalino, trazendo grandes eventos para nossa cidade e nos coloca em uma condição de lutar contra grandes lutadores”, contou o casca-grossa, que revelou os próximos objetivos para o restante de 2017.
“Neste ano de 2017, ainda tenho algumas competições que quero muito lutar. Vou lutar a seletiva de Abu Dhabi aqui em Brasília no dia 16 de setembro, depois tem o Floripa Open no dia 8 de outubro e, em novembro, tem ainda o Grand Slam do Rio de Janeiro e o Sul-americano em São Paulo. Aí, fecho o ano lutando o Brasília Open aqui na minha cidade”, finalizou.