Coluna da Arte Suave: cada lutador possui um perfil no Jiu-Jitsu, descubra o seu; veja e opine
Em seu novo artigo, Luiz Dias fala sobre o perfil de atletas (Foto: Ilan Pellenberg)
Observando o treino na minha academia, vendo meus alunos, me veio uma percepção que, embora já tivesse pensado nisso, não tinha parado antes para refletir como a nossa arte suave possibilita que cada atleta planeje sua vida e evolução dentro do Jiu-Jitsu. Você pode treinar focado para campeonatos, treinando com a mente alerta aos pontos e vantagens, sempre como se estivesse lutando em um campeonato, testando estratégias e posições. Mas também o lutador pode treinar para superar seus próprios limites, sem ter que competir, uma superação pessoal, no caso.
Conheço bons lutadores que não costumam competir, mas fazem treinos duríssimos nas suas academias. Essa capacidade do Jiu-Jitsu de poder ser encarado de maneira particular por cada atleta permite que todos possam se desenvolver, cada um dentro das suas expectativas. Cabe ao professor estimular os alunos a competirem, mas também respeitar aqueles que não desejam.
Cada lutador tem um perfil, nem todos gostam de competir, mas são excelentes lutadores também, que muitas vezes, dentro da academia, proporcionam treinos mais duros do que muitas lutas de campeonatos. Creio que o professor deve incentivar seus alunos a competirem, mas não diferenciar em tratamento os atletas competidores dos não competidores. É bem produtivo ter treinos focados para competições que todos participem. Por vezes, nesses treinos mais objetivos, desperte a vontade de competir em alguns atletas, e isso é excelente, principalmente surgindo naturalmente.
Muitos alunos se iniciam no Jiu-Jitsu para praticar sem estar visando campeonatos, sem querer ficarem atentos a peso, competições e todos os cuidados que um competidor já passa a prestar atenção. Muitos entram para aprender uma luta, entrar em forma física, sem ambições de disputar campeonatos ou serem campeões. Esses lutadores têm de ser respeitados em seus pontos de vista, mas para eles estarem em um dojo, muitas vezes, já é uma vitória pessoal. Vencer a timidez, a inércia, o medo, porque, afinal, é uma luta, ou seja, um sairá vencedor e o outro não. E lidar com a derrota, por vezes, é um momento difícil, mesmo para aquele que não quer competir e apenas evoluir.
Creio que ninguém gosta de perder, mesmo em um treino interno. Cada lutador tem suas limitações e ambições, mas os professores e lutadores que competem podem ajudar, incentivando aqueles que ainda não entram em campeonatos para competir, e não de qualquer outra maneira, respeitando esse lutador que treina sem o foco da competição.
Por muitas vezes, eles são grandes parceiros de treinos daqueles que tem o perfil competitivo e precisam de um treino mais apurado. Uma academia é composta tanto de lutadores competidores como de lutadores que preferem não competir, que preferem apenas chegar na hora do treino, treinar duro e ir para casa, mas que são também fundamentais nas suas respectivas academias.
Para mais informações, acesse o meu Instagram – https://www.instagram.com/luizdiasbjj/ – ou entre em contato pelo e-mail [email protected]. Também conheça o site http://www.geracaoartesuave.com.br/. Boa semana, bons treinos e até a próxima. Oss!