Roberto Cyborg relembra juventude conturbada e conselho do pai: ‘Que mestre você seria?’
Lenda do Jiu-Jitsu, Cyborg revelou que todos os erros cometidos por ele na juventude o fizeram ser quem ele é atualmente
Aos 43 anos, Roberto Cyborg brilhou no ADCC 2024, onde foi prata no absoluto e bronze na divisão +99kg (Foto: Reprodução/Instagram)
”A gente na vida tem a chance de se desenvolver. O cara que eu sou hoje não é o cara que eu fui. Quando eu era menino, era porrada pra cacete, fazia cagada, usava droga. O Jiu-Jitsu me salvou de tudo isso, literalmente, para fazer eu me desenvolver como uma pessoa melhor. Quando eu fui embora do Brasil para morar nos EUA pela primeira vez, foi justamente para fugir de uma realidade que não era para ser a minha aqui. Eu fui para lá, foquei, consegui me desenvolver e atingir vários objetivos”, declarou Cyborg, que seguiu:
“Meu pai ficou cinco anos sem me visitar, mas quando ele veio, ele não sabia o que eu tinha conquistado para eu me tornar uma referência. Eu estava lutando pelo Metamoris, com um ginásio inteiro gritando o meu nome, e ele pôde presenciar isso. Ele sempre acreditou em mim e no meu potencial.
Eu tive a oportunidade de me desculpar com ele pelo filho que eu fui, e ele me falou uma coisa que mexeu muito comigo: ‘Filho, se você não tivesse vivido tudo o que você viveu, se não tivesse sido as cagadas que você fez, se não tivesse passado por tudo que você passou, que tipo de mestre você seria? Você não é só um mestre no tatame, você é um mestre na vida”, finalizou o brasileiro.
Roberto Cyborg tem 43 anos e uma extensa lista de títulos no Jiu-Jitsu, tanto com quimono quanto No-Gi. Lutando com o pano, o sul-mato-grossense conquistou dois Pan-Americanos e um mundial de Masters da IBJJF. Já sem quimono, o brasileiro faturou seis Mundiais de IBJJF e o ADCC em 2013, no absoluto.