Em busca do tricampeonato no Pan, Luis Marques cita importância do torneio: ‘Tem um peso muito grande’
Aos 36 anos, Luis Marques, também conhecido como “Luisão” no cenário do Jiu-Jitsu brasileiro, tem a oportunidade de fazer história neste fim de semana. Campeão por duas vezes do Pan-Americano de Jiu-Jitsu da IBJJF, o lutador da LR Extreme busca o tri do torneio. Faixa-preta, atleta e professor, Luis concilia os treinos e a preparação física com as aulas que ministra para seus alunos. Experiente, o lutador revelou como consegue desenvolver múltiplas funções para se manter competindo forte com atletas de alto nível.
“A minha preparação vem desde o BJJ Stars. Fiz um bom planejamento de treinos junto com a minha equipe, nutricionista, Núcleo Padovan. Na hora de montar a minha preparação, como sou educador físico, isso facilita um pouco. Hoje em dia os atletas acham que treinar todos os dias é bom, mas é relativo, depende muito de como seu corpo vai reagir. A importância não é quantidade, e sim qualidade. Treino sempre três vezes por semana com quimono e duas vezes sem quimono pra tentar ganhar um pouco mais de velocidade. Também faço preparação física, musculação para prevenção de lesões três vezes por semana. Como a minha carga de aulas é muito grande, dentro do meu planejamento, é o que consigo atender para manter o meu corpo”, revelou o lutador.
Embalado após brilhar GP Super 8 do BJJ Stars, Luis Marques ainda soma diversos títulos na carreira, como o tricampeonato brasileiro e o tetra do Sul-Americano, ambos organizados pela IBJJF. Top 3 do ranking da organização em 2018, o lutador, que disputa os torneios como master 1, atualmente é o número 12 dentre os melhores faixas-preta do mundo. Questionado sobre a ansiedade que possa ter por disputar um torneio dessa importância, Luis revelou como lida com a pressão, e como passa isso para seus alunos.
“Sempre bate um ansiedade, sempre digo para os meus alunos que a sensação que você tem faz você se sentir vivo. Quando você sente medo de perder, significa que você está vivo, isso te faz bem, essa sensação é prazerosa. Quando você compete e para de sentir isso, é porque aquilo que você faz não tem mais significado. Sempre que vai chegando na semana do evento ou quando abre a chave pra você dar uma olhada em quem vai lutar com você, sempre dá um friozinho na barriga, se vai dar certo, se tudo que você colocou em prática vai se concretizado, isso sempre acontece, mas é preciso ter tranquilidade”.
Natural de Fortaleza, no Ceará, Luis vai disputar o Pan pela divisão dos meio-pesados. Faixa-preta do mestre André Motoca, atualmente treinador em Abu Dhabi (EAU), Luis e seu atual mestre, Eduardo Santoro, tem “dominado” a categoria no Pan pelos últimos dois anos. De olho em mais uma grande conquista, que além da repercussão, o pode colocar novamente entre os melhores lutadores da divisão, Luis enfatizou a importância do evento.
“Acho que consolidaria uma sequência de três anos sendo campeão. Em 2017 eu fechei com meu mestre, Eduardo Santoro, em 2018 eu fui campeão, fiz uma campanha boa, ele acabou perdendo na segunda luta para o adversário contra quem eu fiz a final, um atleta da Atos, muito duro. Esse ano eu quero, se Deus quiser, ser campeão de novo. É um título dentro do calendário muito importante, peso grande”, finalizou Luis sobre o Pan da IBJJF, que teve início na última quinta-feira (21), na Califórnia (EUA), e vai até domingo (24).
* A cobertura do Pan de Jiu-Jitsu 2019 da IBJJF pela TATAME tem o patrocínio da Keiko Sports. www.instagram.com/keiko_sports / www.keikosports.com.br