Em nota, CABMMA diz que duelo Pedrita x Shevchenko ‘teria de ser parado antes’
Dana White condenou a atuação de Mario Yamasaki na luta entre Shevchenko e Pedrita (Foto: Getty Images)
Em nota oficial divulgada à imprensa, a Comissão Atlética Brasileira de MMA (CABMMA) comentou sobre a polêmica luta entre Valentina Shevchenko e Priscila Pedrita, pelo co-main event do UFC Belém, realizado no último sábado (3). O órgão admitiu que o árbitro Mário Yamasaki “poderia” ter interrompido o confronto ainda no primeiro round, ao invés de esperar “Bullet” finalizar a brasileira no segundo assalto após um massacre.
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A CABMMA disse que, após uma reunião, foram apontadas “preocupações” quanto à conduta de Mário Yamasaki durante o confronto e que Pedrita “não conseguia se defender de forma eficiente e técnica” no primeiro round. Além disso, a nota finalizou dizendo que será discutido o que for melhor para ambos os “envolvidos” no episódio em Pará.
Confira abaixo a nota da CABMMA:
“A Comissão Atlética Brasileira de MMA (CABMMA) discutiu o incidente com o árbitro Mário Yamasaki e demais membros da comissão na reunião pós-evento realizada no próprio ginásio em Belém. Apontamos todas as nossas preocupações quanto à conduta dele durante a luta. Priscila Cachoeira demonstrou valentia e coração durante os dois rounds, entretanto são atitudes que não podem confundir ou interferir o árbitro quanto se tratar de interrupção. No primeiro round, nos minutos finais, estava claro que a Priscila não conseguia se defender de forma eficiente e técnica, refletindo assim diretamente nas notas dos juízes, onde todos deram 10-8 nesse round. O round 2 foi exatamente igual, porém como obviamente a atleta Priscila não conseguiu se recuperar o suficiente do round anterior para demonstrar alguma chance contra a Valentina, a luta poderia ter sido interrompida já nos momentos iniciais. Caso o round tivesse se estendido até o término, seria um evidente 10-7, já que se tratou de um round em que o lutador domina completamente seu adversário de forma impressionante, em striking e grappling, a tal ponto de se considerar necessária a interrupção da luta. Pode ser por uma esmagadora dominância, mas também com significativos impactos que possam evidenciar uma necessidade de interrupção imediata pelo árbitro. Em relação ao matchmaking, a luta foi aprovada pela CABMMA. Se a luta não foi bem casada e isso sendo evidentemente demonstrado no decorrer da luta, é obrigação do árbitro de identificar esta disparidade, já que ele é a maior autoridade naquele momento com plena responsabilidade de proteger o lutador, incluindo interromper a luta no momento correto. A CABMMA entende que erros são possíveis de acontecer, mas devem ser reconhecidos e corrigidos para evitar que se repitam novamente no futuro. E no esporte do MMA onde a maior preocupação deve ser a saúde e integridade física do atleta, de um ponto de vista regulatório, tudo deve ser feito para diminuir os riscos de um cenário como o ocorrido neste final de semana. Mário Yamasaki tem sido um dos melhores árbitros de MMA dos últimos anos e teve um papel fundamental na construção da equipe da CABMMA. Iremos juntos discutir os próximos passos e sem dúvida decidiremos o que for melhor para todos os envolvidos”.