Focado no cinturão, Werdum cita planos e ‘critica’ atuação da USADA: ‘Não pode nada, é além da conta’
Por Diogo Santarém
Para o brasileiro Fabrício Werdum, seu próximo desafio, contra Derrick Lewis, no sábado (7), pelo UFC 216, pode definir sua busca pela retomada do cinturão peso-pesado do Ultimate. Desde que perdeu a cinta, em 2016, para o atual campeão Stipe Miocic, Werdum trabalha para recuperá-la, e acha que está chegando cada vez mais perto.
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“O tempo inteiro eu penso no cinturão, quero ser campeão de novo. Eu não luto por lutar… É um conjunto. Tem a parte financeira, claro, mas eu amo isso, não quero ficar tanto tempo sem lutar. Meus planos agora são de fazer as cinco lutas que eu tenho em contrato até o final de 2018. Fazer essa agora em outubro, quem sabe uma em dezembro, janeiro, e aí até o final do ano que vem terminar o restante das lutas no meu contrato. Quero lutar mais vezes, esse é o meu grande objetivo. Estou com 40 anos, mas ainda não tenho nada de aposentadoria na cabeça. Meu corpo está bem, é o que eu amo fazer, então enquanto eu conseguir vou estar lutando”, declarou o ex-campeão em entrevista à TATAME.
Acompanhando de perto os recentes casos de doping, Werdum também falou sobre o assunto, mais especificamente sobre Junior Cigano, retirado do UFC 215, realizado no último dia 9 de setembro, após possível violação à política antidoping da companhia.
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“Não tenho nem o que falar sobre o doping do Cigano, isso é algo que pode acontecer com qualquer um, qualquer um mesmo. Não é nada para tirar onda… Quando se fala em doping as pessoas pensam logo que é bomba e tal, mas não é bem assim. Tem sempre alguma coisa que está proibida, um ou outro produto, não é sempre a bomba, mas as pessoas veem assim e é difícil mudar essa imagem. Caiu no doping, a primeira coisa que já falam é bomba. Mas às vezes não é bomba. Pode ser um suplemento, enfim… Mas eu acho que a USADA está demais, é mais rígido que nas Olimpíadas, então não precisava de tanto. O lutador deveria poder fazer um TRT para repor os hormônios, todos com o mesmo direito, mesmo limite, acho que funcionaria melhor. Essa é a minha opinião sincera. A USADA está demais… Não pode nada, tem que avisar o tempo inteiro aonde você está. Se eu for viajar, tomar um café com a minha mulher, até na hora de fazer sexo tem que falar. É f***, além da conta. Eu acho um absurdo, demais mesmo. Tem que ter um controle? Claro, mas não pra tanto, ao ponto de você ter que falar do seu sexo”, opinou o brasileiro, em tom bastante crítico contra a USADA, antes de encerrar falando sobre o seu futuro nas artes marciais, sem descartar um possível retorno às competições de luta agarrada.
“Vou te falar que eu faria lutas casadas, de grappling, submission, e até de quimono também. Mas só luta casada e valendo alguma coisa. Tem que ser financeiramente bom para mim, de graça ou valendo medalha, hoje em dia, sem chances”, finalizou Werdum.
CARD COMPLETO:
UFC 216
T-Mobile Arena, em Las Vegas (EUA)
Sábado, 7 de outubro de 2017
Card principal
Tony Ferguson x Kevin Lee
Demetrious Johnson x Ray Borg
Fabrício Werdum x Derrick Lewis
Mara Romero Borella x Kalindra Faria
Beneil Dariush x Evan Dunham
Card preliminar
Tom Duquesnoy x Cody Stamann
Will Brooks x Nik Lentz
Lando Vannatta x Bobby Green
Pearl Gonzalez x Poliana Botelho
Walt Harris x Mark Godbeer
John Moraga x Magomed Bibulatov
Thales Leites x Brad Tavares
Matt Schnell x Marco Beltrán