Miguel Contis Filho fala sobre o cenário do Jiu-Jitsu no Mato Grosso do Sul e destaca: ‘Evoluiu bastante’
Miguel Contis Filho é o atual líder da Gracie Barra Pantanal. Com 31 anos de idade e faixa-preta há oito, ele é um dos principais nomes do ascendente Jiu-Jitsu no Mato Grosso do Sul, que ganha cada vez mais destaque no cenário nacional dentro e fora das competições.
Em entrevista à TATAME sobre o tema, Miguel elogiou o crescimento do esporte no estado, principalmente na parte da organização de campeonatos pela FJJD-MS, que estão cada vez mais profissionais e atraindo novos competidores de lá e também de regiões próximas.
“O Mato Grosso do Sul, o meu ver, sempre foi um seleiro de campeões, mas acho que ficamos muito apagados. Nunca vem um evento grande. Pela primeira montamos uma delegação praticamente pelo MS, antes lutávamos só pela nossa equipe, e ficamos em quarto lugar em um campeonato grande no Rio de Janeiro. Acho que tem evoluído muito, está evoluindo muito da minha época. Infelizmente, o pessoal que treinou comigo não está mais aqui. Hoje estão todos em academias grandes lá fora, e estamos nessa tentativa de deixar a galera aqui no melhor possível. Pra quem tiver vontade de viajar, já temos polos fora, mas acho que evoluiu bastante, melhorou muito, principalmente na organização de campeonatos. Éramos muito desorganizados, não cumpríamos o cronograma, não tinha medalha, sempre tinha uma desculpa. E isso acaba com os competidores desmotivados. Hoje não, hoje o campeonato está redondinho, bonito, seguindo a risca tudo que está no edital e por isso está ai o resultado; quase 800 atletas inscritos no último campeonato”, comentou o atleta formado pelo Mestre Chiquinho de Cuiabá, grande referência local.
Em relação ao crescimento do número de academias, Miguel Contis destaca o surgimento de novas a todo instante, o que torna a modalidade cada vez mais popular no estado.
“Cresceu demais. Hoje você anda na rua em Campo Grande e acha várias academias de Jiu-Jitsu, isso não acontecia. Você compara com o Judô, sei que não quero falar muito, mas é só projeto social, você não acha uma academia de Judô. Era o Judô que mandava, e hoje você não acha. Se andar em Campo Grande, você vai achar uma academia no Centro, só conheço uma até hoje, o resto é projeto. Aqui em Campo Grande, na parte de arte marcial, tem dominado o Jiu-Jitsu, com certeza, e a tendência é ele seguir crescendo”, encerrou.