Pezão compara sua luta contra campeão do Glory com May x Mac e diz: ‘Os críticos sempre existirão’; confira
Pezão ao lado de Rico Verhoeven, seu primeiro adversário na nova modalidade (Foto reprodução)
Um dos lutadores brasileiros mais carismáticos do MMA, o peso-pesado Antônio Pezão não vive uma sequência boa na carreira. Nas suas últimas dez lutas, perdeu oito, empatou uma e só saiu vitorioso no confronto com Soa Palelei, há dois anos. Fora do Ultimate, o lutador já se aventurou em duas organizações e, agora, vai estrear no Glory, um dos maiores eventos de Kickboxing do mundo. A disputa será simplesmente contra o melhor peso-pesado da atualidade e campeão da organização, Rico Verhoeven, no dia 14 de outubro, em Gangzhou, na China, pela edição de número 46 do evento, mas não valerá o cinturão do holandês. Em entrevista ao site MMA Fighting, “Bigfoot” rebateu as críticas que tem recebido.
“Os críticos sempre existirão e devemos saber como lidar com eles. Às vezes, eles nem sabem o motivo de criticá-lo, mas estão com inveja, eles queriam ser um lutador profissional, mas não têm esse talento. Eu sempre fui uma pessoa humilde, vim de uma família humilde na Paraíba e competi em todo o mundo. Algumas pessoas não aceitam isso”, desabafou Pezão, que comparou o seu compromisso com a luta entre McGregor, campeão do UFC, com o astro do Boxe Floyd Mayweather.
“É uma situação semelhante (a May x Mac). McGregor nunca lutou Boxe e vai lá para tentar surpreender. Ele não tem nenhuma pressão sobre ele, porque 99% das pessoas apostam no Mayweather. Ele está invicto, 49-0, então a maioria das pessoas acreditam na vitória do ‘Money’. É a mesma coisa nesta luta. Mas somos dois seres humanos entrando em um ringue para lutar. Qualquer coisa pode acontecer em uma luta de pesados, uma mão pode entrar e mudar a história”, apontou.
Quando foi indagado sobre o que os membros da sua equipe falaram a respeito da luta contra Rico, Pezão garantiu que todos o apoiaram de maneira integral desde que ele soube da oportunidade. O brasileiro ainda deixou claro que não está indo lutar pelo dinheiro e prometeu um bom combate.
Pezão teve altos e baixos no MMA e agora se aventura em um novo caminho (Foto UFC)
“Assim que recebemos a oferta, todos ficaram a favor. Meu gerente, Alex Davis, disse que era uma boa luta, porque ele me conhece e sabe que posso ir lá e fazer uma boa performance. Todos me apoiaram, porque o impossível não existe. Se você entrar pensando que não pode vence-lo… Ele é o nº 1, se você for para o dinheiro, você já perdeu. Eu não penso assim. Não vou lá por dinheiro ou mídia, vou lá porque sei que posso fazer uma boa luta, confio em mim”, disse o peso-pesado.
O camp de Pezão começou há três semanas, imediatamente assim que o confronto com o campeão do Glory foi marcado. Os treinamentos serão em Brasília e contarão com as presenças de Guto Inocente, ex-atleta do UFC, que é faixa-preta 2º grau de Kickboxing, e também da lenda Pedro Rizzo, um dos maiores percursores da modalidade no país e ícone das artes marciais mistas.
“É uma experiência nova para mim. Sou atleta profissional há anos e gosto de experimentar coisas novas, novos desafios. Eu me sinto como um amador indo para sua primeira luta, tentando mostrar o que eu posso fazer e, se Deus quiser, sairá tudo bem. Rico é o campeão, ele merece muito respeito. Ele é o melhor kickboxer peso-pesado do mundo. Sou amador, é a minha primeira luta de Kickboxing e quero mostrar o que posso fazer. Não tenho nada a provar, não tenho responsabilidade. Rico é quem tem a responsabilidade, ele é o campeão. A pressão está ao lado dele”, encerrou.
Yago Rédua
Fã de esporte, o jornalismo sempre foi algo que me moveu e despertou a minha paixão. Em 2016, concretizei esse sonho quando me formei pela FACHA. A profissão me permitiu conhecer pessoas e lugares, além de bater papo com grandes ídolos. Na TATAME, entrei como estagiário, passei pela função de repórter e, atualmente, sou o coordenador de conteúdo do site e também do TATAME Play.