Professor no Catar, Fabricio prepara time para o Brasileiro e fala da profissionalização do Jiu-Jitsu; veja
Por Vitor Freitas
Com a missão de ensinar e propagar o Jiu-Jitsu para as Forças Armadas em Doha, no Catar, o faixa-preta Fabrício Moreira tem aproveitado a valorização do Jiu-Jitsu para auxiliar na carreira de jovens talentos do esporte.
Em paralelo às suas aulas e projetos pessoais, Fabricio dedica parte do seu tempo em aulas de competições para o time Qatar BJJ, que reúne craques como, por exemplo, Victor Honório e o galinho Rodnei Barbosa. Para o Campeonato Brasileiro, programado para o início de maio, em Barueri, São Paulo, Fabrício quer mostrar a força do seu time com seus 250 atletas entre crianças e adultos.
“A princípio, estamos nos organizando para levarmos 250 alunos este ano no Brasileiro e isso envolve crianças e adultos. O time vem crescendo muito em um tempo muito curto, tanto no Catar como em outras partes do mundo. Este mês, recebemos novos professores aqui no Catar, que irão agregar muito aos treinos. Mal posso esperar para ver todo mundo competindo”, contou Fabrício.
Dono de importantes títulos, como o Europeu e Pan da International Brazilian Jiu-Jitsu (IBJJF) na faixa-preta, Fabrício conta como funciona seu plano para apoiar a carreira de atletas profissionais.
“A respeito do apoio aos atletas profissionais, este é pago particularmente pela minha pessoa e não temos patrocínio algum. Eu pago inscrição, alimentação, transporte e translado a um seleto grupo de 35 atletas hoje em dia. É um número muito pequeno se considerado ao meu objetivo”, revelou o professor.
Para finalizar, Fabricio analisa, na sua visão, como vê a profissionalização do esporte no ano de 2019.
“Cada um tem uma visão diferente sobre profissionalização referente ao esporte. Na minha visão, esportes profissionais são futebol, basquete, vôlei e outras mais. Esses são remunerados mensalmente para treinar e competir, independentemente do resultado, e ainda tem bonificações em algumas ocasiões. No Jiu-Jitsu, é outro caso. Existem, sim, muitos atletas profissionais que se dedicam e abdicam de muitas coisas nesta vida para alcançarem um sonho ou objetivos, mas estes participam de um esporte amador. O perfeito exemplo é que em muitos campeonatos, apenas os medalhistas são renumerados financeiramente. Então, apenas esses são profissionais? Não penso assim. Mas ao mesmo tempo, sou muito grato por conta de muitas instituições terem essas iniciativas de premiarem aos atletas. Isso pode ser o caminho para a profissionalização do nosso esporte. Eu quero ver isso acontecer”, encerrou.