Wand abre o jogo, revela sofrer sintomas de concussão e desafia Vitor Belfort; leia
wanderlei silva
Um dos maiores ídolos do MMA, Wanderlei Silva apresenta um cartel de 51 lutas e quase 30 anos de carreira – desde o início no Muay Thai até o Vale Tudo/MMA. Além das glórias, títulos e vitórias épicas conquistadas ao longo deste período, Wand, aos 42 anos, começa a pagar o preço com o seu corpo. O lutador contou que foi a uma palestra sobre concussão recentemente e disse que sente a maioria dos sintomas que foram apresentados.
“Eu estava em uma palestra sobre concussão e dos dez sintomas que o cara mencionou, eu tinha oito. Os sintomas seriam, por exemplo, alterações de humor, irritação muito rápida, esquecimento de algumas coisas, dificuldade em dormir. […] Eu tenho o maior interesse em doar (o cérebro), já que não vou usá-lo de qualquer maneira (risos). Esta área é muito importante”, disse o lutador ao site do PVT, que pretende com a doação do cérebro, ajudar no tratamento de concussão para os futuros atletas das modalidades de combate.
Sobre o modelo de treinamento que praticava no passado durante os camps para as lutas, Wanderlei afirmou que não tinha muita informação sobre danos cerebrais causados pelos golpes aplicados. Além disso, dentro do cage, o brasileiro perdeu sete, das 14 derrotas, por nocaute ou nocaute técnico – o que gera um trauma ainda maior na região do cérebro.
Ao comentar sobre isso, Wand disse que pensava que quanto mais apanhasse nos treinamentos, iria conseguir absorver mais golpes na luta, porém viu que isso funciona ao contrário. O ex-campeão do PRIDE ainda deixou um conselho para os novos lutadores.
“Se eu pudesse deixar um conselho… Se você tem um jovem, não deixe que ele dê muitos socos na cabeça. Há o momento certo para fazer um treinamento pesado, mas não pode ser todo dia. Um bom treinador cuida do seu aluno”, apontou o lutador, que atualmente é voluntário em uma empresa canadense que produz vitaminas com “blindagem cerebral”.
Revanche com Vitor Belfort
No Bellator, Wanderlei perdeu os dois compromissos que teve contra Chael Sonnen, em 2017, e Rampage Jackson, em 2018. O curitibano reafirmou que torce para seu rival Vitor Belfort, que o nocauteou em 1998, assinar com a franquia e que seja feita uma revanche.
“Eu posso lutar com ele duas vezes se ele quiser, sem problema algum. Estou bem, estou saudável, estou treinando e, neste momento, pra nossas carreiras será ótimo para todos. Não posso terminar minha carreira sem essa luta”, encerrou o ex-campeão do PRIDE.