Federação de Jiu-Jitsu ligada à IBJJF quer cassar faixa-preta de professor acusado de estupro
Professor de Jiu-Jitsu, Alcenor Alves foi preso no último final de semana sendo acusado de abuso sexual e estupro de vulnerável
Professor de Jiu-Jitsu Alcenor Alves foi preso, sendo acusado de abuso sexual e estupro de vulnerável (Foto: Reprodução/Instagram)
O caso envolvendo a prisão do professor de Jiu-Jitsu Alcenor Alves, no último sábado (23), em Itajaí (SC), acusado de exploração sexual e estupro de vulnerável, segue ganhando novos desdobramentos. Vale ressaltar que o mandado de prisão temporária foi expedido pela Justiça do Amazonas e, de acordo com as investigações, pelo menos 12 meninos foram vítimas de supostos abusos por parte de Alcenor.
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Em meio à grande repercussão do caso e com o andamento das investigações, a Federação de Jiu-Jitsu do Amazonas planeja sérias e imediatas atitudes contra Alcenor Alves. Por meio de um vídeo divulgado no Instagram, o presidente da entidade, Elvys Damasceno, revelou que quer entrar com um pedido pela cassação da faixa-preta do professor e também com um processo de expulsão.
O presidente da federação, em conjunto com a diretoria, também reforçou que o órgão não compactua com qualquer tipo de violência e que pretende oferecer cursos de conscientização e combate à exploração sexual infantil.
“Acabamos de ler o processo e reunir com a diretoria da Federação. Realmente tínhamos que ter base para poder tomar nossa atitude, e uma atitude realmente dura e incisiva, como tem que ser. É um caso de aliciamento de crianças, de menores, um caso muito grave, e a nossa decisão foi realmente pela expulsão dessa pessoa – que não pode chamar mais de professor – do meio do Jiu-Jitsu.
É expulsar realmente, pedir a cassação da faixa dele, tanto a nível estadual como nacional e internacional. Nós que somos da Federação de Jiu-Jitsu do Amazonas, ligada a CBJJ e IBJJF, que é válida no mundo todo, temos autonomia para requerer. Já estamos fazendo o documento para enviar a CBJJ e IBJJF para pedir a cassação da faixa dele e retirar o direito dele de ser professor, para que não tenha mais acesso a dar aulas para crianças e adolescentes, para que nenhuma barbaridade aconteça mais.
Agradeço toda a diretoria que se propôs a reunir e tratar sobre esse caso grave. Também parabenizo a polícia. Não podemos generalizar isso para os outros professores de Jiu-Jitsu, porque a gente sabe que tem muitos professores bons e sérios, que fazem um belo trabalho na cidade de Manaus e no Estado do Amazonas”, disse Elvys Damasceno ao longo do vídeo.
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Cabe salientar também que, após a notícia da prisão de Alcenor Alves, o bicampeão mundial de Jiu-Jitsu Matheus Gabriel concedeu uma entrevista à TV Globo e trouxe à tona que os supostos abusos do professor de Jiu-Jitsu aconteciam há pelo menos 15 anos, durante viagens para a disputa de competições. O atleta foi uma das vítimas a fazer a denúncia e relatou que sofreu o primeiro abuso aos 11 anos de idade.
Em meio ao processo de investigação envolvendo o professor Alcenor Alves, além de Matheus Gabriel, outros três campeões mundiais de Jiu-Jitsu utilizaram as redes sociais para revelar que também foram vítimas de abusos. Meyram Maquine, Ary Farias e Thalison Soares fizeram uma publicação conjunta no Instagram na última segunda-feira (25) com um forte relato contra o professor.
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Relembre mais detalhes do caso
Alcenor Alves participava no último sábado (23) como coach em uma competição de Jiu-Jitsu voltada para crianças e adolescentes, realizada no Litoral Norte de Santa Catarina. Por meio de uma nota oficial divulgada, a White House Jiu-Jitsu, equipe onde o faixa-preta dava aulas, se manifestou sobre o caso envolvendo o professor.
“Diante das notícias e dos últimos acontecimentos que envolveram o nosso diretor técnico de alto rendimento Alcenor Alves e da nossa escola, viemos ao público e a comunidade do Jiu-Jitsu informar que estamos no mercado desde março de 2017 e sempre pautamos pelos pilares e princípios do Jiu-Jitsu.
A nossa escola é referência no ensino da formação de campeões, contando com um corpo de seis professores graduados entre a faixa marrom e preta, que trabalham diariamente no ensino do Jiu-Jitsu, e nunca fomos alvo de denúncias sobre qualquer fato que venham denegrir ou ameaçar a integridade das pessoas”, veja a nota completa, AQUI.