Ex-treinador de Belfort cita problemas que teve durante camps do ‘Phenom’: ‘Ficava clima ruim’
Lenda do MMA, Vitor Belfort também se notabilizou pela sua personalidade forte dentro e fora do cage; saiba mais sobre
Lenda do MMA, Vitor Belfort também se notabilizou pela sua personalidade forte dentro e fora do cage (Foto: Reprodução/Instagram)
Ao longo da sua carreira no MMA, Vitor Belfort se consolidou pelas grandes vitórias e lutas épicas que protagonizou contra os mais diversos adversários que teve pela frente ao longo dos seus mais de 20 anos de trajetória profissional. O ex-campeão do UFC, no entanto, também ficou notabilizado por sua personalidade forte dentro e fora do ambiente de luta.
Quem acompanhou de perto uma parte da carreira foi Vinicio Antony, que foi treinador de Vitor Belfort durante uma parte da trajetória do “Fenômeno” no UFC. Em participação no podcast “Tourocast”, Vinicio disse que foi convidado por Belfort para liderar seus treinos após a derrota de Vitor para Chris Weidman, em disputa de cinturão peso-médio que aconteceu em maio de 2015, no UFC 187.
“Ele tinha perdido para o Chris Weidman. O Vitor é uma ‘montanha-russa’, né… Quando ganha, ele está poderoso pra caramba, quando perde ele fica humilde. Então ele veio humilde pra caramba e disse: ‘pô, eu preciso de você’… Fizemos um camp fechado, com poucas pessoas, e nesse camp, o Vitor estava extremamente humilde. Ouvindo tudo, aceitando tudo, estávamos fechados, todos unidos”, disse o treinador.
O trabalho duro surtiu efeito e, na luta seguinte após a derrota para Chris Weidman, Vitor Belfort precisou de pouco mais de dois minutos para nocautear Dan Henderson. A partir disso, no entanto, passaram a acontecer “problemas” nos treinos do lutador brasileiro, como Vinicio Antony explicou.
“Aí ele foi lá e fez o trabalho dele rápido (vitória contra Dan Henderson). Aí quando vai para a outra luta (contra Ronaldo Jacaré, em 2016), já era gente pra caramba… Todo mundo querendo opinar, todo mundo dando ordem. Precisa de apenas um treinador falando, caso contrário, não dá. Se tiver alguma coisa relevante, vem e fala para mim.
Eu tive que fazer reunião, chamar o Vitor no centro do ringue e perguntar: ‘Vitor, o que eu sou aqui?’. Aí ele disse: ‘Você é o head coach’. Aí eu falei: ‘Então dá para você avisar o pessoal?’. Ficava um clima ruim, tinha gente que me achava babaca, mas eu estava trabalhando, não era hora de fazer amigos, eu não estava ali para fazer amigos. Aí dava errado e deu errado. Sempre que eu via isso acontecendo, dava errado”, finalizou o treinador.