Advogado da família de Leandro Lo revela que pedirá para ouvir Key Alves como testemunha do caso

Confinada no BBB 23, Key Alves disse a Cara de Sapato que presenciou o assassinato de Leandro Lo, em agosto do ano passado; saiba mais

Advogado da família de Leandro Lo revela que pedirá para ouvir Key Alves como testemunha do caso

Lenda do Jiu-Jitsu, Leandro Lo foi assassinado em agosto do ano passado, em São Paulo (Foto: Dai Bueno/TATAME)

Seis meses se passaram desde o assassinato de Leandro Lo, multicampeão de Jiu-Jitsu, e familiares, amigos e fãs do lutador mantêm vivos o desejo por justiça e por uma punição ao policial militar Henrique Otávio de Oliveira Velozo, principal suspeito de ter assassinado Lo, em agosto do ano passado, em uma casa de festas na Zona Sul de São Paulo.

Em meio a isso, novidades surgiram no caso. A primeira audiência de instrução para ouvir testemunhas do assassinato de Leandro Lo foi adiada para o dia 24 de março. O advogado da família de Leandro Lo, Adriano Salles Vanni, disse que a defesa do PM Otávio Velozo alegou que não poderia estar presente na data que havia sido marcada pela Justiça de São Paulo anteriormente, dia 3 de fevereiro, por conta de um compromisso jurídico em Curitiba, no Paraná.

De acordo com informações do site “g1”, a audiência remarcada será realizada no Fórum Criminal da Barra Funda, a partir de 13h30, onde serão ouvidas testemunhas de defesa e acusação. O PM, no entanto, só poderá ser interrogado depois de todas as testemunhas prestarem seus respectivos depoimentos.

Cabe salientar que a audiência de instrução é a segunda audiência que ocorre no processo jurídico, e visa a produção de provas e julgamento do caso. Como o principal objetivo desse tipo de audiência é a produção de provas para a instrução do processo, ela é convocada nos casos em que existirem questões não consensuais entre as partes que precisem ser esclarecidas para melhor instruir o magistrado em sua decisão.

O caso de Leandro Lo voltou a repercutir bastante no último final de semana, após Key Alves, participante do reality show Big Brother Brasil (BBB) 23, revelar para Cara de Sapato, também participante do reality show, que havia presenciado o assassinato de Lo.

“Foi na minha frente, eu vi tudo”, disse Key Alves a Cara de Sapato, que além de lutador de MMA e faixa-preta de Jiu-Jitsu, também era amigo de Leandro Lo. Após a afirmação de Key, Antônio Cara de Sapato foi às lágrimas e precisou ser consolado por outros participantes da casa.

Em meio à grande repercussão da declaração de Key Alves, a TATAME entrou em contato com o representante da família de Lo. O advogado voltou a explicar sobre o que consiste a audiência de instrução que foi remarcada para o dia 24 de março, e revelou que pretende entrar com um pedido para que a participante do BBB também testemunhe sobre o caso quando for possível.

“Nessa audiência que foi remarcada para o dia 24 de março, serão ouvidas testemunhas arroladas pela acusação, e se todas forem ouvidas, as que forem arroladas pela defesa também. A minha ideia é conversar com o promotor e pedir, diante dessa repercussão nacional do que essa moça (Key Alves) falou, pedir para ouvi-la como testemunha do juízo.

Então, eu acredito que se o juiz concordar, só será ouvida depois do dia 24 de março, até porque parece que, até o fim de abril, ela estará na casa (BBB), se por lá permanecer. A família sempre teve esperança, e agora mais ainda. Essa moça tem muitos seguidores, deve ter uma certa credibilidade, então nos ajuda bastante, por isso vamos tentar ouvi-la”, disse Adriano Salles Vanni.

Vale ressaltar que, por meio das redes sociais, amigos de Lo iniciaram um movimento para pedir o depoimento de Key Alves na Justiça, com intenção de trazer mais detalhes sobre o que ocorreu e o que motivou a morte da lenda do Jiu-Jitsu.

Relembre o caso

Segundo testemunhas, durante um show no Clube Sírio, na Zona Sul de São Paulo, Lo teria imobilizado o policial Henrique Otávio Oliveira Velozo, de 30 anos, para acalmar uma situação de provocação do próprio Henrique, que chegou a pegar a bebida da mesa do faixa-preta. O PM, então, se afastou e disparou um tiro na cabeça do lutador à queima-roupa. Leandro foi levado ao Hospital Municipal Dr. Arthur Ribeiro de Saboya, mas não resistiu e teve morte cerebral confirmada aos 33 anos. O caso, então, passou a ser investigado pela 16ª DP (Vila Clementino).

Principal suspeito da morte do multicampeão Leandro Lo, Henrique Velozo, que é Tenente da Polícia Militar, se entregou na noite de 7 de agosto na Corregedoria da Corporação e foi preso. Ele estava foragido e teve a prisão preventiva decretada ao longo do dia.

Depois disso, Justiça aceitou a denúncia feita pelo Ministério Público contra o policial militar Henrique Velozo. Diante disso, o PM se tornou réu pela morte do atleta. Henrique Velozo, vale ressaltar, está detido no presídio militar Romão Gomes, após ter se entregado. De acordo com informações do portal “g1”, o Ministério Público ofereceu, no dia 30 de agosto, a denúncia contra o policial militar por homicídio triplamente qualificado.

O órgão especificou que as qualificadoras do homicídio foram: por motivo torpe; com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum; e à traição, de emboscada.

Lenda do Jiu-Jitsu, Leandro Lo foi assassinado em agosto do ano passado, em São Paulo (Foto: Dai Bueno/TATAME)

Lenda do Jiu-Jitsu, Leandro Lo foi assassinado em agosto do ano passado, em São Paulo (Foto: Dai Bueno/TATAME)

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