Irritado com derrota no UFC Brasília, Formiga discorda da decisão dos árbitros e afirma: ‘Agora é nocautear ou finalizar’
* Um dos principais lutadores do peso mosca, Jussier Formiga conheceu sua segunda derrota seguida dentro do Ultimate no último sábado (14), no UFC Brasília. O resultado, porém, gerou certa polêmica entre especialistas e fãs. Em bate-papo com a TATAME, o atleta da ATT discordou da decisão dos juízes que deram vitória por unanimidade para o mexicano Brandon Moreno.
- UFC Brasília: em card preliminar sem nocaute e finalização, Amanda Ribas e Capoeira ‘salvam’ Brasil
- Do Bronx finaliza Kevim Lee no UFC Brasília e engata sétima vitória seguida; Durinho vence Demian Maia
“A minha luta foi muito equilibrada, mas não acho que perdi, não. Depois da luta fiquei chateado pra cara***. Os sites internacionais me deram vitória na luta, como o Sherdog, MMA Junkie… É incontestável. Não tem o que eu possa fazer agora”, disse Formiga, que inconformado, seguiu analisando o resultado:
“Eu coloquei um ritmo forte no primeiro round, porque eu precisava de uma performance boa. Continuei tentando manter, sempre indo pra frente. Em nenhum momento eu andei para trás. Imprimi meu ritmo, porque eu queria vencer de qualquer forma. Não sei o que aconteceu para os juízes não verem. Foi surreal”.
Jussier também comentou como se enxerga na divisão dos moscas. Mesmo após a atualização do ranking que acontece depois da realização de cada edição do UFC, o brasileiro segue em terceiro lugar. Antes de ser superado por Moreno, Formiga foi nocauteado por Joseph Benavidez, em junho do ano passado.
“Apesar de ser a minha segunda derrota (seguida), eu vejo que não perdi a luta. Agora não tem muito o que fazer. É voltar para a academia, treinar novamente e, na próxima vez, não deixar parar nas mãos dos juízes. Pelo que eu estou vendo agora, o critério do UFC é nocautear ou finalizar. Eu acho que ainda sou um dos Top 5 da divisão (mosca). Não tem como eu pensar de outra forma. Estou na elite toda hora, querendo lutar com os melhores e vou voltar para a academia para me reinventar”, projetou o lutador de 34 anos.
O UFC Brasília não contou com torcida por conta do avanço da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Desta forma, pela primeira vez o Ultimate realizou um evento sem público em mais de 25 anos de história. Formiga disse que foi diferente, mas nada que mudasse a sua concentração na hora do combate.
“O fato de lutar sem torcida foi um pouco estranho, mas nada que tire o foco da gente. Entramos ali para lutar com ou sem torcida. A notícia que seria com portões fechados por causa do coronavírus mexeu um pouco com a cabeça, mas não me atingiu muito em relação à luta. O período pré-luta foi meio tenso pra gente, porque tinha a possibilidade de cancelarem o evento, mas isso não aconteceu. Eu queria muito lutar. É muito bom ter prevenção, mas eu trabalhei muito para aquele momento e precisava vencer”, concluiu.
* Por Yago Rédua