‘Olhos vermelhos’, vestígios de maconha, odor de álcool e mais: oficiais falam sobre abordagem a Jon Jones antes de detenção
Preso na madrugada da última quinta-feira (24), em Albuquerque, no Novo México (EUA), por dirigir alcoolizado, uso de arma de fogo de maneira negligente, ausência de prova de seguro do carro que estava em sua posse e posse de garrafa de bebida exposta (o que é proibido nos EUA), Jon Jones foi liberado após pagamento de fiança, no entanto, o campeão meio-pesado do Ultimate ainda terá que arcar com as consequências, tendo em vista que sua audiência de acusação acontecerá no próximo dia 8 de abril.
* Nova polêmica: Jones é detido nos EUA por dirigir embriagado e uso negligente de arma de fogo
Os oficiais Jason Brown e Brian Johnson, policiais do Departamento de Polícia de Albuquerque, participaram do ato de detenção do lutador e, em boletins de ocorrência reproduzidos pelo site MMA Junkie, foi possível obter detalhes do caso. Os relatos iniciais indicam que “Bones” portava “uma substância folhosa verde, consistente com maconha, na sua camisa e calças”, e apresentava “um odor de álcool vindo de sua área facial”. Além disso, foi revelado que Jones estava com os olhos “vermelhos e marejados”, e que o atleta foi submetido a três testes de sobriedade, tendo mau resultado em todos, e outros três testes alternativos, saindo-se mal em dois deles.
Já de madrugada, por volta de 1h (horário local), Jason Brown ouviu um disparo de tiro próximo de onde estava estacionado. Ao se encaminhar para o local, encontrou o carro de Jon Jones parado, porém, com o motor ligado. Pouco depois, já tendo identificado que se tratava do lutador, o oficial avistou uma garrafa aberta de álcool, na parte do chão atrás do assento do passageiro, estando apenas 1/4 cheia. A substância identificada foi o mezcal Recuerdo, que, coincidentemente, é marca do também lutador Jorge Masvidal, e possui teor alcoólico de 40%.
Ao ser abordado, o campeão meio-pesado do UFC afirmou que estava na rua porque “queria dar uma volta” e disse não ter conhecimento sobre o tiro que, então, tinha sido ouvido pelo policial. Ao observar que o lutador teve problemas para apresentar seus documentos, Jason Brown sentiu cheiro de álcool vindo do rosto do atleta e, dessa forma, solicitou a presença de uma patrulha de controle de embriaguez na direção, o que ocasionou a presença de Brian Johnson.
Em seu relato, Johnson disse que, assim que chegou ao local, notou Jones com “os olhos vermelhos e marejados”, além de “um forte odor de álcool vindo de sua área facial”. Ao ser questionado, Jon mencionou que havia dirigido antes de ser abordado e que esperava dirigir logo em seguida. Foi neste momento que o lutador meio-pesado precisou sair do carro e passou por três testes de sobriedade, além dos três testes alternativos. Na sequência, o atleta passou por revista e acabou sendo preso por embriaguez ao volante. Durante o percurso para o Departamento de Polícia, o americano passou pelo teste do bafômetro, que acusou um nível de embriaguez duas vezes acima do permitido.
Posteriormente, o veículo de Jon Jones acabou sendo rebocado e, no inventário do carro, foi encontrado um revólver carregado, localizado embaixo do banco de motorista, assim como uma cápsula, próxima à porta do motorista, que estava usada. Após análise, foi constatado que a cápsula era do mesmo calibre do revólver, e o material foi coletado para análise.