Sparring é necessário no MMA? Treinador de cita problemas e apresenta alternativas; entenda
Em outubro de 2023, Charles do Bronx teve sua luta contra Islam Makhachev cancelada após se machucar em sessão de sparring
Em outubro de 2023, Charles do Bronx teve sua luta contra Islam Makhachev cancelada após se machucar em sessão de sparring (Foto: Reprodução)
Quando um atleta de MMA está em período de camp para uma luta, é normal que seu treinador o coloque para fazer algumas sessões de sparring como uma das muitas maneiras de preparação para o combate. A atividade é bastante comum no meio das artes marciais mistas, mas ainda divide opiniões entre lutadores e treinadores.
Muitos consideram que sessões de sparring são fundamentais para aprimorar e até mesmo simular muitas coisas que vão acontecer em uma luta de MMA. Já outros acreditam que as atividades causam riscos à integridade física do atleta em um médio e longo prazo, além da iminência do lutador sofrer uma lesão e correr o risco de ter seu duelo cancelado de última hora.
Conhecido pela sua experiência como treinador de MMA e com uma vasta experiência no MMA, Daniel Mendes participou de uma live no canal do “Portal do Vale Tudo” no YouTube e foi mais um a se mostrar contrário às sessões de sparring no MMA. Na opinião do treinador, outras atividades podem “substituir” o que é feito no sparring.
“As pessoas ainda não conseguem, pela falta de conhecimento da estrutura estratégica e do estudo, trazer situações diferentes para colocar dentro das escolas de combate dirigidas, condicionadas, escolas de combate livres, não necessariamente só sparring. Eu entendo aqui, falando para vocês, do sparring mais duro, do sparring à vera, igual eu vejo ainda acontecendo em várias academias. Não vejo necessidade desse tipo de prática”, disse o treinador, que seguiu:
“Quantos já se machucaram faltando poucos dias ou semanas para a luta porque fizeram um sparring duro na academia? Se as pessoas souberem trabalhar e manipular uma das principais leis de treinamento desportivo, chamada volume e intensidade, vocês conseguem trabalhar o que seria um sparring, utilizando escolas de combate condicionadas, escolas de combate dirigidas, trazendo todas as características e especificidades do adversário para dentro do treino, sabendo trabalhar volume e intensidade. O problema é que a maioria não sabe. Não sou a favor do sparring à vera”, finalizou.