Após vencer no UFC 309, Eduarda Ronda revela novo alvo e faz planos para 2025: ‘Ganhar todas’

Em ação no UFC 309, realizado no último mês de novembro, Eduarda “Ronda” Moura teve bom desempenho e, enfrentando Veronica Hardy no card preliminar do evento, superou a oponente na decisão unânime dos jurados. Com o resultado, a brasileira chegou à sua segunda vitória em três lutas feitas pelo Ultimate, onde estreou no final de 2023.

Com um ano desde sua luta de estreia, Eduarda Ronda já mira seus próximos passos no UFC. Após fazer sua primeira luta como peso-mosca na organização, a sergipana pretende dar continuidade na divisão e, logo após derrotar Veronica Hardy no UFC 309, lançou desafio a Ivana Petrovic, norueguesa que também contabiliza três lutas no Ultimate, com duas derrotas e uma vitória. Em entrevista à TATAME, a brasileira explicou a razão do “pedido” pela luta.

“Eu pedi a Ivana Petrovic, porque a gente analisou as lutas anteriores e ela tinha acabado de lutar também. A gente imagina que ela não tenha nenhum compromisso, então sabemos que ela está ‘disponível’, por isso que chamamos ela. E também por conta do jogo (dela), que casa. A gente acredita que, contra ela, eu vou conseguir impor meu jogo, então foi uma opção que tivemos. Mas eu estou aqui para lutar. Quem me mandar, eu luto (risos)”, disse Eduarda Ronda.

Em outros trechos da entrevista, Eduarda Ronda, que é atleta da equipe “Galpão da Luta”, também analisou seu desempenho na luta contra Veronica Hardy, os planos entre seguir no peso-mosca ou lutar no peso-palha, o seu início de trajetória no UFC e os planos para o ano de 2025.

Confira o bate-papo com Eduarda Ronda:

– Vitória contra Veronica Hardy no UFC 309

Eduarda Ronda: Foi uma vitória muito importante para mim, porque eu queria muito ter estreado nessa nova categoria com vitória, então graças a Deus deu tudo certo. Eu gostei muito do meu desempenho. Acredito que foi um ‘plano B’ ali que deu certo e abriu minha mente para outras coisas. Foi bom também para me dar confiança na parte de trocação, que eu venho trabalhando e tentando evoluir. Para mim foi um bom teste. A gente sabia o quão técnica ela era nessa parte, então para mim foi ótimo. Eu estava com receio de colocar para baixo, por conta da minha lesão, mas foi uma experiência bem legal para mim.

– Como se sentiu lutando no peso-mosca do UFC? Pretende seguir na divisão?

Foi minha estreia no peso-mosca e eu me senti muito bem, também bati o peso muito bem. Não fiquei sem dormir, não fiquei sem comer totalmente, me senti muito forte também. Pretendo me manter, sim (na categoria), já era um plano que a gente tinha. A gente está estudando, avaliando… Eu gosto do peso-palha também, mas eu quero oportunidades, então se tiver oportunidade de luta, eu tô dentro, independente da categoria. Mas, provavelmente, a minha categoria será a peso-mosca, com certeza.

Eduarda Ronda destacou sua melhora física com a transição para o peso-mosca (Foto: Reprodução/Instagram)

– São três lutas e duas vitórias nesse início pelo UFC. Qual é avaliação da Eduarda Ronda até o momento?

São três lutas na organização e não saíram como eu imaginei, porque eu acreditei que conseguiria as três vitórias, mas infelizmente a gente teve um obstáculo, que foi o meu peso na luta anterior (contra Denise Gomes, em junho), onde a perda de peso me prejudicou bastante, foi uma semana conturbada, onde não consegui descansar e me recuperar. Isso deu uma ‘freada’ nos meus planos, mas abriu muito a minha mente também.

Acho que se não tivesse acontecido aquilo, a gente não teria migrado para o peso-mosca. Tudo acontece por um motivo, para eu poder seguir uma trajetória diferente. Nessa última luta também teve essa lesão que me ajudou a abrir a mente. Eu esperava ter as três vitórias, mas eu sou muito grata por tudo. Graças a Deus consegui duas vitórias e espero que, com os erros anteriores, eu tenha aprendido e a gente consiga agora engatar uma marcha para subir (risos). Estou animada e confiante de que 2025 será muito bom.

– Quais são seus planos para o ano de 2025 no UFC, Eduarda Ronda?

Para 2025, eu quero fazer três lutas, no mínimo. Se puder quatro, quem sabe. Quero fazer e ganhar todas. O Top 15 (do peso-mosca), eu não sei… Se eu engatar três/quatro vitórias em 2025, talvez eu consiga, sim, entrar no ranking, mas não é nada que eu almeje diretamente. Eu quero lutar e ganhar, quero fazer minha caminhada. Tenho muitos anos de carreira pela frente, então tenho muita coisa para evoluir, muito para trabalhar, então não tenho pressa para nada. Vou ser campeã um dia, tenho certeza. Pode ser com 40 anos, mas eu vou ser (risos). Quero lutar, no máximo, em fevereiro e começar o ano já com uma luta. Vamos ver o que vai dar.

 

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