Vitor Belfort explica porque não ‘arrancou’ o braço de Jon Jones: ‘Eu fui um cordeiro’
Em duelo que aconteceu em 2012, no UFC 152, Vitor Belfort esteve bem próximo de finalizar Jon Jones, mas soltou a posição encaixada; veja e opine
Vitor Belfort tinha um armlock encaixado em Jon Jones, mas não conseguiu finalizar (Foto: Reprodução)
Ao longo da sua longa e vitoriosa trajetória no MMA, Vitor Belfort protagonizou duelos marcantes, principalmente no UFC, e alguns deles repercutem até os dias de hoje. É o caso da disputa de cinturão meio-pesado que o brasileiro travou contra Jon Jones, em setembro de 2012, na luta principal do UFC 152, realizado em Toronto, no Canadá.
Na ocasião, Vitor Belfort acabou sendo finalizado por Jones no quarto round. Todavia, no combate em questão, o “Fenômeno” quase surpreendeu a todos. Ainda no primeiro round, o brasileiro pegou o braço do americano e encaixou um justo armlock. “Bones”, então, se levantou e depois de alguns segundos defendeu o golpe, dando continuidade ao confronto.
Depois da luta, no entanto, Belfort admitiu que “afrouxou” a posição do armlock após ouvir um “estalo” no braço de Jon Jones, que por sua vez, apareceu na entrevista pós-luta com uma tipoia no membro lesionado. Bastante questionado sobre a luta e a decisão de, aparentemente, “abrir mão” da finalização que estava encaixada, Vitor Belfort contou, em entrevista ao “Jota Jota Podcast”, os detalhes sobre o episódio, que gera comentários até hoje.
“Naquela luta contra o Jon Jones, eu só colhi o que tive ação. Eu podia ter arrancado aquele braço. Por que eu não arranquei? Porque eu não arranquei. Eu fui cordeiro quando tinha que ser leão. Eu fui para essa luta com uma fratura na costela. Foi o único dia que o Jon Jones esteve em extremo perigo na carreira dele, a única luta que ele praticamente perdeu e deu a volta por cima. Eu falo que ele foi um grande leão e eu fui um grande cordeiro. Esse reconhecimento foi quando eu assinei um contrato, do meu pai espiritual e do meu irmão espiritual”, disse Belfort, que seguiu:
“Quando eu assinei esse contrato, estava: ‘eu jamais irei ter pena do meu oponente ou tentar ser esportista’. O esportista é aquele que compete nas regras e ele vai fazer aquela regra. Mas eu não fui esportista, eu fui ‘camarada’ do Jon Jones. Ali eu tenho que arrancar o braço, é o momento de eu ser o leão.
O leão e o cordeiro são dois símbolos de Jesus que eu acho muito interessantes. Quando Ele morre na cruz, Ele morre como cordeiro, mas volta como leão. Eu acho isso bacana. Eu tenho que ser leão e cordeiro. Quando estou em casa, sou cordeiro. Quando estou com meus filhos, tenho que ser cordeiro. Quando estou no meu trabalho, eu sou leão e cordeiro, dependendo do momento”.