Vitorioso no UFC 244, Darren Till surpreende e revela medo antes de entrar no cage: ‘Pensei em fingir uma lesão’
Com cinco vitórias e um empate, Darren Till surgiu com destaque na categoria meio-médio. No entanto, as derrotas para o ex-campeão Tyron Woodley e para Jorge Masvidal “frearam” a boa sequência do inglês, que decidiu, então, subir para a divisão dos médios, onde fez sua estreia no último sábado (2), pelo UFC 244, derrotando Kelvin Gastelum por decisão dividida.
Apesar do combate não contar com muita ação por parte dos lutadores, o triunfo serviu para Till retomar o caminho das vitórias no Ultimate. Porém, os dois reveses anteriores deixaram “marcas” profundas no lutador inglês, que em coletiva de imprensa após o evento, revelou que, pelo fato de estar sem confiança, com medo de entrar no octógono no último sábado, cogitou fingir uma lesão para não lutar.
“Estava planejando fingir uma lesão antes da luta. Pensei qual lesão falaria, porque eu não queria entrar lá (no cage). Todo combate, não importa o que os lutadores vão dizer, eles terão medo. Se falarem que não, é mentira. Eu não estava com medo, estava apavorado. Não cheguei a tremer de medo, mas não queria ir para o octógono. A magnitude deste evento me deixou com dúvidas sobre mim e fiquei pensando uma maneira de não lutar. Só aconteceu comigo hoje. Mas após o primeiro round, pensei: ‘Vamos lá, se controla. Agora vamos vencer essa luta do jeito que planejamos. Não vou deixar ele me tocar e vou vencer’. Eu sabia que seria difícil nocauteá-lo, e que ele (Kelvin Gastelum) é um cara com muita força. Ele é um gordinho muito duro”, disse o peso-médio inglês, que revelou ter retomado a confiança após o importante triunfo.
“Antes do Tyron Woodley, não tinha um lutador que me vencesse. Mas sofri duas derrotas que tiraram muito do que havia dentro de mim. Eu não comentei, mas encarei demônios internos. Depois acabei sendo preso, além de passar por muitas outras situações. Perdi patrocinadores e entrei em um turbilhão. Foi bom e ruim. Mas agora estou aqui. A confiança voltou, como com todos os outros pesos médios. A vitória não foi o mais importante hoje. O que mais importou foi eu ter conseguido superar esse medo”, encerrou Till.