Após Gustafsson, outros três lutadores anunciam aposentadoria do MMA; saiba
Realizado no último sábado (1), na Suécia, o UFC Estocolmo ficou marcado pelo anúncio de aposentadoria de Alexander Gustafsson, que foi derrotado por Anthony Smith na luta principal da edição, para surpresa nas casas de apostas online. E coincidentemente, outros dois atletas que estiveram no card também confirmaram sua despedida do esporte.
Nocauteado por Frank Camacho, Nick Hein amargou sua terceira derrota consecutiva e, aos 35 anos, anunciou que está se aposentando do MMA. Em seu cartel na modalidade, o alemão contabilizou 14 vitórias e cinco reveses, e estava no plantel do UFC desde 2014.
Outro que também está deixando o cage é Jimi Manuwa. O veterano, de 39 anos, foi nocauteado de maneira devastadora por Aleksandar Rakic, em apenas 42 segundos de luta, sofrendo sua quarta derrota seguida no UFC. Com 17 triunfos e seis resultados negativos ao longo da carreira, o lutador decidiu que o melhor passo é a aposentadoria.
“Eu vim da Nigéria para Londres quando eu tinha 10 anos, em 1990. Cresci no Sul de Londres e tive anos loucos na adolescência preenchidos com lutas e lições de vida. Em 2006, com 26 anos, descobri o UFC enquanto ‘zapeava’ por canais de esportes tarde da noite e imediatamente isso me capturou. Caras como Rampage Jackson, Tito Ortiz, Randy Couture e Shogun eram meus lutadores favoritos e me tornei fã instantaneamente. Eu nunca tinha colocado os pés em qualquer academia de artes marciais na minha vida e nem tinha qualquer plano de fazer isso. Em 2008, com 28 anos, eu disse para mim mesmo que ia lutar no UFC. Eu saí do sofá e comecei a treinar Muay Thai e Jiu-Jitsu. Eu não tinha nenhuma experiência nas artes marciais, mas eu era o cara do Sul de Londres. As artes marciais imediatamente colocaram mais estrutura e disciplina na minha vida louca e me ajudaram a me tornar uma pessoa muito melhor do que eu era antes. Fiz a minha primeira luta profissional duas semanas depois de começar a treinar e ganhei. Dentro dos primeiros dois anos eu era o número 1 do Reino Unido, mas o objetivo era lutar no UFC. Ganhei todas as minhas lutas por nocaute e em 2012 aceitei um contrato do UFC depois de recusá-los duas vezes com um cartel de 11-0, todas por nocaute. Tive uma grande carreira nas artes marciais e as últimas quatro lutas foram derrotas duras de aceitar, não só para mim, mas para minha família, que está sempre em primeiro lugar. Eu nocauteei na maioria das vezes e levei alguns nocautes também. Este é meu estilo que os fãs amam, mas isso cobra um pedágio do corpo, especialmente concussões que não são visíveis aos olhos. Conheci muitas grandes pessoas na minha trajetória e viajei o mundo, mas é hora de deixar este capítulo e ir para o próximo, porque existe uma vida depois da luta e sinto que é minha obrigação dar mais aos esportes de combate que eu tanto amo fora da luta. Obrigado, Dana White e UFC por me deixarem mostrar minhas habilidades e obrigado a todos meus treinadores e parceiros de treinos que me ajudaram e me ensinaram por todo o caminho. Muito amor pelos fãs e, por último, mas não menos importante, muito amor para minha querida família que, junto comigo, fez este sonho se tornar realidade”, disse Manuwa.
King Mo também confirma aposentadoria
Mesmo sem nunca ter feito parte do plantel de lutadores do UFC, Muhammad “King Mo” Lawal construiu uma boa trajetória no MMA. Ao longo de 11 anos, foram 31 lutas realizadas (21 vitórias, nove derrotas e um “No Contest”), com passagens positivas por Bellator, Rizin FF e Strikeforce. Na última segunda-feira (3), em entrevista ao site MMA Fighting, o lutador de 38 anos confirmou ser mais um nome que está deixando o esporte após longos anos.
“Isso já está em minha mente por um tempo (aposentadoria). Foi a dor das lesões que estava me atrapalhando e minha falta de amplitude de movimentos do quadril e joelho. Tenho 38 anos, tenho filhos. Eu não posso nem correr direito agora. Eu não posso nem correr, realmente. Eu passei por muitas cirurgias. Provavelmente 30 ou 40 cirurgias na vida. Eu me lembro da primeira vez que tomei uma anestesia, depois fui direto ao cinema e assisti à um filme. Agora, à medida que envelheço, quando recebo a anestesia, não sei nem onde estou”, declarou King Mo, que sofreu com muitas lesões nos últimos anos.