Campeão mundial na faixa-marrom em 2018, Victor Hugo projeta: ‘Vou trabalhar para ser o meu ano’
Por Yago Rédua
No começo do mês de junho, na Califórnia (EUA), foi realizado o Mundial da IBJJF. Na faixa-marrom, Victor Hugo brilhou e chegou próximo de alcançar o ouro duplo. O lutador da Ribeiro Jiu-Jitsu conquistou o título na categoria dos pesadíssimos e a prata no absoluto, quando protagonizou uma batalha contra Kaynan Duarte, da Atos Jiu-Jitsu. Em entrevista à TATAME, a promessa da arte suave fez uma análise do ótimo desempenho no evento.
Victor Hugo também comentou sobre a vitoriosa temporada de 2017/2018, afirmou que se sente bem psicologicamente na faixa marrom, quer aprimorar o seu jogo e se tornar cada vez mais completo até receber a faixa preta. Além disso, o pupilo de Saulo e Xande Ribeiro projetou o ouro duplo nas grandes competições e contou sobre a experiência de viajar e fazer intercâmbio para aprimorar a técnica na arte suave com seminários pelo mundo.
Confira abaixo a entrevista na íntegra com Victor Hugo:
– Análise do Mundial de 2018
Tive um bom desempenho, me senti muito bem no dia, tanto fisicamente e mentalmente. Estava com muita vontade, mas procurei um equilíbrio por ser o campeonato mundial e qualquer erro pode valer uma luta. Tive calma e busquei precisão. Fiz o que eu tinha em mente, que era sempre estar atacando e deu tudo certo, na categoria não tomei nenhum ponto e no absoluto fiz boas guerras com atletas que são cabeças em suas divisões.
– Desempenho na temporada
Sim, fiquei feliz com meu desempenho. Lutei quase todos os campeonatos, consegui dominar minha categoria, a pesadíssimo, e vencer todos os campeonatos da IBJJF que lutei. Tive duas derrotas lutando em outras federações. Em relação à categoria, fiquei muito feliz com meus resultados, já nos absolutos dos campeonatos maiores que lutei esse ano, cheguei em todas as finais. Para esse novo ano, quero fixar os erros e vim para o ouro duplo em todos (campeonatos). A faixa-marrom continua com muitos caras duros e outros chegando, mas vou trabalhar para esse ser meu ano.
– Novos objetivos como faixa-marrom
Meu psicológico, em relação a isso, está muito bom. Esse próximo ano será muito bom para eu amadurecer mais ainda em relação a isso e outras vertentes, mas sei do meu potencial e ter ao meu lado o Saulo e o Xande (Ribeiro), como mentores, só me faz ainda mais confiante. Tudo indica que vou seguir nessa categoria e na faixa-preta é a mais difícil, pois é a que luta maior campeão do esporte (Marcus Buchecha). Vou seguir trabalhando, pois quando chegar minha hora, estarei pronto.
– Intercâmbio e evolução da técnica
Então, é um privilégio poder viajar o mundo fazendo que eu amo. Lembro quando sonhava com isso é hoje estou vivendo e sinto que tem muito mais para acontecer. É uma experiência bem bacana, em todos lugares que vou, sempre estou disposto a aprender algo novo que acrescente ao meu jogo, mesmo que seja de alguém menos graduado ou que não participe de eventos. Uma variação, um detalhe, as vezes faço viagens para ensinar seminário, mas sempre aprendo algo novo também. Acaba sendo uma via de mão dupla.