Fernando Tererê abre o jogo sobre carreira e lado pessoal: ‘A minha maior vitória é estar vivo’

Fernando Tererê abre o jogo sobre carreira e lado pessoal: ‘A minha maior vitória é estar vivo’

Um dos maiores personagens da história do Jiu-Jitsu, Fernando Tererê brilhou nos tatames – tendo entre tantos títulos, duas medalhas de ouro no Mundial da IBJJF – e carrega uma vida de superação longe das artes marciais. O faixa-preta se viu diante da dependência química, mas conseguiu reverter o jogo e retomar a normalidade no ceio da sua família, em uma confortável casa na Rocinha. Em entrevista ao jornalista Mario Filho, do canal Oss Artistas Marciais, o carioca explicou qual foi a maior vitória da sua jornada.

Veja mais vídeos do canal Oss Artistas Marciais, AQUI

“A minha maior vitória é estar vivo e, através da minha vida, estar passando as boas novas para a garotada que está vindo. Muitos não tiveram condições. Eu não estou vivo só porque eu treino Jiu-Jitsu. Se eu falar ‘só Jiu-Jitsu salva’, não… O que você aprende de bom, tem que colocar para fora”, disse Tererê, que seguiu comentando sobre a sua história e apontou que os atletas precisam pensar mais fora da arte suave:

“Eu não sou aquele Tererê alegre, porque no momento mais difícil, muitos fecharam a porta”,  desabafou o bicampeão mundial de Jiu-Jitsu.

“Não precisou ser de sangue para eu saber que estava sendo ‘paternado’ por pessoas, não só do morro. Não vou citar só pessoas do morro. As pessoas acham que em uma conversa nossa, só vou estar falando de armlock, berimbolo… O atleta de Jiu-Jitsu não pode pensar só dentro do ringue, ele tem que pensar fora do ringue. Todo esse auge que você está agora, uma hora vai acabar. E você vai fazer o que da vida? Eu e alguns outros sacudimos os estádios, mas na hora de abrir uma academia cheia de alunos, não tivemos oportunidades. Uns foram para outros rumos, enquanto outros foram atrasados por pessoas”, concluiu.