Motivada para atuar na ‘ilha da luta’, Bethe Correia sonha com nova disputa de título no UFC: ‘Prometo dar meu máximo’

Motivada para atuar na ‘ilha da luta’, Bethe Correia sonha com nova disputa de título no UFC: ‘Prometo dar meu máximo’

* Atleta do Ultimate desde 2013, Bethe Correia tem uma trajetória intensa na organização. De início, emplacou três vitórias consecutivas e conseguiu a chance de disputar o cinturão peso-galo contra Ronda Rousey, que acabou saindo vencedora ao nocautear a brasileira em apenas 34 segundos de luta. Depois disso, a “Pitbull” ainda perdeu para Raquel Pennington e venceu Jessica Eye, todavia, amargou duas derrotas (para Holly Holm e Irene Aldana) e empatou com Marion Reneau, o que a levou a descer algumas posições no ranking da categoria.

A recuperação veio em setembro do ano passado, quando, em duelo diante de Sijara Eubanks, Bethe saiu com o triunfo por decisão unânime dos jurados e voltou a vencer após três anos. Atualmente com 37 anos, a paraibana terá a chance de emplacar um novo resultado positivo neste sábado (25), em confronto contra Pannie Kianzad no card do UFC on ESPN 14, na “ilha da luta”, em Abu Dhabi (EAU).

Já hospedada na Ilha de Yas há alguns dias, Bethe falou com a TATAME e, além de se mostrar confiante para mais um triunfo, afirmou que uma nova disputa de cinturão na divisão dos galos ainda está em seus planos.

“Não dá para pensar muita coisa em relação ao futuro da categoria, porque a campeã (Amanda Nunes) está nessa dúvida se vai continuar ou não a carreira no MMA, então pode acontecer muita coisa ali na divisão, e eu tenho história no UFC, já fiz boas lutas e disputei o cinturão. Ninguém sabe o que vai acontecer, mas estou trabalhando e prometo dar meu máximo para, quem sabe, disputar o título novamente”, projetou.

Confira a entrevista completa com Bethe Correia: 

– Preparação para o duelo em meio à pandemia do coronavírus

Graças a Deus, eu contei com alguns amigos que conseguiram abrir a academia para mim, por boa vontade mesmo. Eu fazia atividades lá com meus treinadores, tanto a parte física, como a parte técnica. Eles abraçaram a causa comigo e, com isso, eu consegui me adaptar bem. Minha luta foi cancelada em maio e naquela época estava, realmente, difícil. Agora estou melhor preparada, consigo lidar melhor com tudo o que está acontecendo por conta do vírus, pude me preparar melhor em todos os sentidos. Claro que não é a mesma coisa, como seria em uma situação normal, mas na medida do possível, foi uma boa preparação.

– Formas nas quais a pandemia impactou na preparação

A gente tentou focar em aperfeiçoar minhas qualidades e ajustar uma coisinha ou outra que era necessário, além de estudar bastante o jogo da minha adversária, é claro. Procuro não pensar muito no que eu poderia ter feito, no que a pandemia atrapalhou, porque se eu for pensar nisso, não vai ser legal. Eu penso que dei meu máximo em cada dia de treino e vou dar também na minha luta. Vou fazer meu melhor, como sempre.

– Período de quarentena em quarto de hotel até os testes saírem

Nesse período de 48 horas em total isolamento, procurei treinar dentro do quarto mesmo, fazendo algumas atividades leves, a gente se vira da forma que dá (risos). É uma situação que todos os lutadores estão passando, então não vejo como uma desvantagem. É fazer o que está ao nosso alcance e ver o lado positivo em tudo, mesmo que de início não pareça muito. Fica meio complicado mais na questão de perda de peso.

 

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Quem quer arruma um jeito… em quarentena por alguns dias e mantendo meus treinos físico ?? ?? #ufcfightisland4 #ufcabudhabi #mma @ufc @ufc_brasil

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– Como você analisa esse confronto contra a Pannie Kianzad

É uma lutadora que está querendo mostrar serviço, e pelo que vi do jogo dela, tem um bom Muay Thai, é rápida e técnica. Vai ser uma luta bem intensa, a galera vai gostar de assistir, porque eu estou querendo muito vencer essa luta, emplacar uma sequência de vitórias, e ela está querendo mostrar serviço no UFC, então os fãs podem ficar ligados, porque certamente vai ser uma luta muito boa (risos).

– Foco em sequência positiva dentro da divisão peso galo do UFC

Eu quero a vitória, não importa muito a maneira como ela venha. Quero vencer por mim, pela minha família, pelos meus fãs, porque sei que ainda tenho muito a mostrar, pude provar isso na minha última luta. Enquanto eu estiver me sentindo bem dentro daquele cage, eu vou batalhar pelos meus objetivos. Sei que tenho muito a oferecer e estou animada para mostrar mais daquela Bethe que chegou à disputa de título.

– Futuro da categoria e sonho de disputar o título mais uma vez

O plano é vencer, mostrar que estou ali para mostrar serviço, que estou mais experiente e com a técnica em dia. Não dá para pensar muita coisa em relação ao futuro da categoria, porque a campeã (Amanda Nunes) está nessa dúvida se vai continuar ou não a carreira no MMA, então pode acontecer muita coisa ali na divisão, e eu tenho história no UFC, já fiz boas lutas e disputei o cinturão. Ninguém sabe o que vai acontecer, mas estou trabalhando e prometo dar meu máximo para, quem sabe, disputar o título novamente.

CARD COMPLETO:

UFC on ESPN 14
Ilha de Yas, em Abu Dhabi (EAU)
Sábado, 25 de julho de 2020

Card principal (21h, horário de Brasília)
Peso-médio: Robert Whitaker x Darren Till
Peso-meio-pesado: Maurício Shogun x Rogério Minotouro
Peso-pesado: Fabrício Werdum x Alexander Gustafsson
Peso-palha: Marina Rodriguez x Carla Esparza
Peso-meio-pesado: Paul Craig x Gadzhimurad Antigulov
Peso-meio-médio: Alex Cowboy x Peter Sobotta
Peso-meio-médio: Khamzat Chimaev x Rhys McKee

Card preliminar (18h, horário de Brasília)
Peso-leve: Francisco Massaranduba x Jai Herbert
Peso-meio-médio: Nicolas Dalby x Jesse Ronson
Peso-pesado: Tom Aspinall x Jake Collier
Peso-pena: Movsar Evloev x Mike Grundy
Peso-pesado: Raphael Bebezão x Tanner Boser
Peso-galo: Bethe Correia x Pannie Kianzad
Peso-meio-médio: Ramazan Emeev x Niklas Stolze
Peso-galo: Nathaniel Wood x John Castañeda

* Por Mateus Machado