Pedro Lott fala sobre o Jiu-Jitsu no Canadá e o crescimento do time Carlson Gracie; veja mais

Pedro Lott fala sobre o Jiu-Jitsu no Canadá e o crescimento do time Carlson Gracie; veja mais

A equipe Carlson Gracie está montando, novamente, um time forte de competição para os torneios de Jiu-Jitsu ao redor do mundo. Hoje residente no Canadá, o brasileiro Pedro Lott é um braço forte nessa reestruturação do time e tem como missão, ao lado do mestre Carlson Gracie Jr, proporcionar aos seus atletas oportunidades para treinar em alto rendimento, viajar e competir os principais torneios da International Brazilian Jiu-Jitsu Federation (IBJJF) e, principalmente, ter um plano de carreira.
 
Pedro, faixa-preta desde 2008, conta como as raízes da equipe Carlson Gracie, uma das maiores no quesito competição nos anos 2000, ainda seguem fortes e como pretende fazer não somente bons atletas, mas que também eles tenham uma carreira sólida no esporte.

“O mestre Carlson Gracie Jr. vem reestruturando o time numa maneira que todos os hoje atletas amanhã tenham um futuro dentro da equipe, pois a competição é uma fase pequena na vida do atleta. Hoje somos campeões, mas amanhã temos que pagar contas, sustentar famílias e isso é o mais importante. A preocupação do mestre com esses atletas é para que, amanhã, eles possam viver dignamente do esporte”, explica Pedro.

A recente competição do time Carlson Gracie foi o Campeonato Brasileiro da Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu (CBJJ), onde foi representada por 126 atletas entre a faixa-azul e preta, dando destaque para Guthierry Barbosa, Matheus Nascimento, Alexandre Molinaro, os faixas-preta da equipe.
 
“Da faixa-azul a preta, nós temos muitos atletas. Os nomes citados acima, além de Rerrison Gabriel, Cleison Santos, Yago Oliveira, Filipe Assis, Wesley Teixeira, Maria Raniele, Luiz Eduardo são alguns dos nossos atletas na faixa colorida, eles já vem fazendo um barulho nos últimos torneios. São alunos do professor Juan Lopes e Douglas Rufino, professores da nossa equipe Carlson Gracie. Temos outros nomes que estão tendo ótimo destaque e vocês vão acompanhar em breve”, detalha o professor.
 
Pedro comanda sua própria academia na Costa Oeste do Canadá e aproveita para contar como o esporte segue a passos largos por lá, além de ressaltar como teve que ser forte durante a pandemia. Para se ter noção, sua academia ficou fechada durante 12 meses, nos últimos 19 meses.
 
“O Jiu-Jitsu na Costa Oeste do Canadá estava evoluindo de uma forma bem rápida nos últimos sete anos, mas com essa pandemia e as regulamentações do governo Canadense, desaceleraram muito as coisas por aqui. Nos últimos 19 meses, nossa academia ficou fechada 12 meses no total, abrindo e fechando nesse período. Mas a comunidade vai voltar a crescer novamente e tem todo meu apoio para tal. Na nossa academia, no Canadá, nós temos muitos alunos com destaque no master, temos vários campeões mundiais da IBJJF. Tem um faixa-preta de 23 anos que ganhou o Orlando Open em seu primeiro ano como faixa-preta, em 2020. Vale ressaltar a minha aluna Chayse Diekema que, no espaço de um ano e meio, foi campeã do Campeonato Europeu na faixa-azul sem tomar nenhum ponto, e no mesmo ano, já de faixa-roxa, foi campeã do Pan-Americano, finalizando a final. Neste ano, ela foi vice-campeã do Pan-Americano No-Gi com um braço lesionado desde as quartas de final. No Pan de quimono, ela finalizou todas as lutas, numa performance incrível. O mindset dela está em outro nível, ela vai chegar com tudo na faixa-marrom e na preta, vai estar entre as cinco do mundo, com certeza”, projeta.
 
Antes de encerrar, Pedro ressalta o legado do saudoso mestre Carlson Gracie, responsável por formar grandes nomes do Jiu-Jitsu.
 
“O fato do time estar levando a bandeira do Carlson faz com que nossos atletas e todos os professores fiquem mais fortes por saberem que não representamos apenas um time, mas sim, um legado que formou os maiores atletas e representantes do esporte no mundo. Carlson Gracie foi a ‘Swat’ do Jiu-Jitsu por décadas. Quando o Jiu-Jitsu precisava de alguém pra defender o nome e a honra, era o Carlson ou alguém do seu time que estava lá pra defender o legado”, relembra.