Coluna da Arte Suave: o crescimento do Jiu-Jitsu entre crianças e a importância do esporte na educação; leia e opine

Coluna da Arte Suave: o crescimento do Jiu-Jitsu entre crianças e a importância do esporte na educação; leia e opine

* Na última semana, realizei a entrega de faixas na minha academia, e no horário das crianças, é o momento que reencontro os pais. E em especial, um pai veio falar comigo, dizendo como o Jiu-Jitsu ajudou seu filho em relação aos estudos, dando foco para ele estudar. Fiquei muito feliz em ele perceber essa associação. Porque, em geral, pais falam de bullying sofrido por seus filhos, mas esse pai não. Sua percepção foi ligada ao estudo, na melhora de notas.

Estive numa entrega de faixa recentemente, onde o filho de um amigo recebeu a faixa marrom. Encontrei meu amigo todo feliz, não só pela faixa recebida, mas pelas mudanças comportamentais que o Jiu-Jitsu ajudou a realizar em sua personalidade. Eu me lembro há uns anos, quando conversava com esse meu amigo e lhe falava para colocar seu filho no Jiu-Jitsu para incutir respeito e disciplina. Sobre o lado pedagógico, vi sua desconfiança em ouvir os meus argumentos, mas acabou colocando ele no esporte. Eu me lembrei que o primeiro artigo que escrevi foi sobre a importância do Jiu-Jitsu como um agente formador de cidadãos. Colocar os alunos no caminho correto, tirar pessoas de hábitos nocivos ensinando bons hábitos para à saúde física e mental do atleta, que levarão esses valores para fora dos tatames.

Todo professor sente essa alegria em ver seus alunos crescendo e tomando bons rumos na vida. O Jiu-Jitsu é um grande disciplinador, desde que o professor seja um educador também, não somente uma pessoa que ensina técnicas de artes marciais, mas que veja o Jiu-Jitsu como uma filosofia de vida em si, algo que vai muito além dos tatames. Tenho vários amigos que são grandes professores, formadores de cidadãos e realmente levam suas academias como uma família, como eu faço como a minha. 

Com o passar do tempo, a mídia agora tem mostrado o Jiu-Jitsu com aspectos positivos, como o de inclusão social. Cada vez é maior o número de crianças entrando bem cedo para a nossa arte suave. Há uns anos, somente os pais que lutavam Jiu-Jitsu iniciavam seus filhos. O mais comum era escutar, o que me incomodava muito: “Vou pôr no Judô para pegar disciplina também”. É claro que o Judô é uma arte marcial disciplinadora, formadora de cidadãos. Mas me incomodava ver a nossa arte colocada em segundo plano. Hoje os tempos mudaram, mais e mais crianças praticam. E ensinar para crianças não é fácil, pelo contrário. 

Os campeonatos agora contam com um grande número de pequenos atletas e as federações têm focado nesse segmento dos pequenos lutadores, trazendo prêmios diferenciados e adaptando regras. Isso é muito bom para o desenvolvimento do esporte e a quebra de preconceitos. Existem excelentes professores que lecionam Jiu-Jitsu para crianças. Nas capitais como longe das capitais também. Esses professores fazem um importante trabalho, pois essas crianças serão a base das novas gerações de lutadores, competidores ou não. Quanto ao lado emocional, a criança praticante da arte suave aprende desde cedo que perder ou ganhar faz parte da vida. Aprende, através das brincadeiras, que lutar é diferente de brigar e que seu adversário não é seu inimigo, aprendendo a respeitar o próximo e a si mesmo. Desenvolve o autocontrole e a autoestima, aprendendo a controlar a agressividade, canalizando essa energia para os dias de luta na academia. Dar foco em suas metas dentro e fora do tatame. Vamos educar através do esporte. 

Para mais informações, veja https://www.instagram.com/luizdiasbjj/ ou entre em contato pelo e-mail [email protected]. Também conheça o http://www.geracaoartesuave.com.br/. Oss!

* Por Luiz Dias