Após sair de casa aos 15 anos e trocar Parintins (AM) por SP, Pato cita trajetória no Jiu-Jitsu e diz: ‘Fruto do trabalho’

Após sair de casa aos 15 anos e trocar Parintins (AM) por SP, Pato cita trajetória no Jiu-Jitsu e diz: ‘Fruto do trabalho’

* Um dos grandes nomes da nova safra de faixa-pretas do Jiu-Jitsu após o Mundial de 2019, Diego Pato quer cravar o seu nome definitivamente na história do esporte. Como faixa colorida, o amazonense desempenhou papel de protagonista e conquistou diversos campeonatos. Na faixa-marrom, o atleta da Cícero Costha fez o Grand Slam da IBJJF com a conquista dos quatro principais torneios da Federação: Europeu, Pan, Brasileiro e Mundial.

“Pra mim foi uma grande realização. Acho que todo atleta de Jiu-Jitsu sonha em fazer um Grand Slam assim. Mas foi algo que eu planejei muito antes de acontecer, então, creio que tenha sido fruto de tudo que eu tenho feito e continuo fazendo para repetir o Grand Slam também na faixa preta. Considero muito importante chegar bem na faixa preta e ter feito o Grand Slam na faixa marrom contribui. Creio que seja o indício de que eu cheguei bem (na preta), sem falsa modéstia”, contou Pato em entrevista à TATAME.

Colecionador de medalhas douradas na faixa marrom, Diego Pato chegou à faixa preta da mesma forma. A primeira competição na classe mais nobre do Jiu-Jitsu foi no Abu Dhabi Grand Slam da AJP Tour em Moscou, na Rússia. O lutador não sentiu o peso da estreia e ficou com o primeiro lugar. Em seguida, conquistou também o ACB e a etapa de Los Angeles do circuito mundial da AJP.

“Eu, particularmente, já planejava isso porque venho me preparando desde as faixas coloridas, então, não foi uma surpresa pra mim chegar na faixa preta ganhando. Como eu falei, isso é fruto do meu trabalho e eu acredito muito. Eu me preparo para todos campeonatos”, destacou Diego, que completou sobre 2019.

“Eu vou focar nos treinos e em algumas competições que virão. Não estou podendo lutar pela IBJJF ainda pois fui graduado faixa-preta com apenas 5 meses de faixa-marrom, então, tenho que esperar até 2020”.


Início no Jiu-Jitsu e objetivos

Nascido em 1998, em Parintins, no Amazonas, estado que é um celeiro de grandes nomes do Jiu-Jitsu, Pato iniciou na modalidade há sete anos, em 2012, com o professor Harley Silva em um projeto social. No entanto, precisou mudar de equipe pouco tempo depois para seguir seu crescimento, como relembrou.

“O projeto fechou e comecei a treinar com o mestre Nabil Aziz, que me incentivou muito a mudar pra São Paulo e até hoje sou grato a ele. Em São Paulo, eu já fui direto treinar com o mestre Cícero Costha, equipe que faço parte até hoje”, disse Diego, que comentou como foi para “sobreviver” na maior cidade do país.

“Desde os 15 anos, quando eu mudei pra São Paulo para tentar viver do Jiu-Jitsu, eu tive que ‘me virar sozinho’ para conseguir sobreviver, ter comida, pagar inscrição dos campeonatos… Eu morava na academia com alguns amigos. A partir desse momento, eu sabia que se me dedicasse e tivesse foco, eu chegaria lá”.

Com os principais ídolos dentro da própria academia, Pato contou que suas referências atualmente são os seus amigos. Olhando para o futuro, além de mirar o título mundial na faixa-preta, o amazonense afirmou que quer abrir uma academia e retribuir a ajuda que teve para tornar possível o sonho de outros.

* Por Yago Rédua