Artigo: a importância do professor de artes marciais em acolher bem seus jovens alunos; leia
Novo artigo publicado na TATAME fala sobre como o professor de artes marciais deve promover um bom ambiente aos seus alunos; confira
Novo artigo fala sobre como o professor de artes marciais deve promover um bom ambiente aos seus alunos (Foto: Reprodução/@henriquesaraivajj)
Certa vez me perguntaram no direct do Instagram: “Qual seria a melhor forma de escolher uma academia de artes marciais para o meu filho?”. Em virtude de todos estarem oferecendo treinos fantásticos e comprometimento em relação às modalidades oferecidas, tudo isso é de grande valia e ajuda muito. Porém, existem outras questões a serem analisadas, como por exemplo: procurar saber como estão os filhos desses mestres, caso não tenha filhos, procurar saber com outros pais como são tratados os seus filhos.
O histórico da academia de artes marciais é essencial para entender o processo das conquistas desses professores. São bons exemplos? São mestres calmos e equilibrados? Ou seja, procure saber como estão em família e se existe um ambiente familiar que mostre educação e autodomínio em todos os níveis.
Vou citar um exemplo: esses dias eu recebi em clínica a seguinte reclamação. “Meu filho começou a chorar na entrada da escola” e a professora estava sem paciência e muito irritada. A avó foi informada pela direção da escola que a professora estava enfrentando problemas pessoais. Simplesmente mandou a criança de quatro anos voltar para casa, sem procurar entender o porquê daquele choro ou tentar acalmá-lo. A avó, que tinha acabado de deixá-lo no portão da escola, retornou com o seu neto para casa.
Esse exemplo nos mostra que ninguém conseguirá jamais educar os filhos dos outros se não tem competência para lidar com os seus próprios problemas. As academias de artes marciais e as escolas precisam ser responsáveis e dedicadas ao tratamento de qualidade dessas crianças, mas começando pela sua própria educação e o seu autodomínio em relação às suas responsabilidades profissionais, que infelizmente em alguns casos deixam a desejar.
Não somente os professores de artes marciais a serem questionados, mas principalmente os gestores. São esses que precisam capacitar e orientar esses profissionais, ajudando, e não esperando um milagre. Certos questionamentos precisam ser feitos para nos ajudar a entender quais são esses problemas com objetivo de melhorar, e não piorar. Os gestores estão atentos à sua equipe de professores? Esses professores são equilibrados? Esses professores sabem separar os problemas particulares dos problemas profissionais?
Sentir-se bem na academia de artes marciais nem sempre exige estruturas de última geração. Os alunos precisam sentir, antes de tudo, segurança e respeito por parte dos envolvidos. Lembrei-me de outro caso: o aluno (4 anos) leva uma flor para sua professora, e ela simplesmente responde: ‘não gosto de flores’, mostrando-se insensível e sem educação.
Esse comportamento cruel mostra claramente que essa professora não está bem, pior ainda, não está conseguindo separar seus problemas particulares, descontando sua raiva e frustração em uma criança de quatro anos. Lembrando que estamos falando de uma flor dada por uma criança de quatro anos. Faça uma reflexão sobre esse episódio, se puder, e tire suas conclusões.
Retomando, precisamos ficar atentos que há outras necessidades também importantes… Relacionamentos saudáveis entre colegas, professores e demais funcionários, mas para isso, há de ser eliminado o desrespeito, a grosseria, discriminação e a falta de comprometimento em relação a essas crianças.
O sentir-se bem vai mais além quando estamos em um ambiente acolhedor e não uma estrutura de prédio de última geração. Porém, não podemos deixar de atribuir a importância da estrutura como um todo. Um lugar limpo, organizado, um prédio conservado faz toda diferença.
Mas precisamos de professores de artes marciais empenhados em nos dar bons exemplos, equilibrados emocionalmente e que sejam honestos consigo mesmos. Quando precisarem, cuidar da saúde e não fazer como o exemplo citado, tratando crianças de formas abusivas e tóxicas, causando prejuízos em seu desenvolvimento intelectual, social e emocional, e muitas vezes, até um trauma para a vida toda.
Quem sou eu? Mônica de Paula Silva, também conhecida como Monica Lambiasi, é graduada em Pedagogia desde 2004. Concursada pela Prefeitura de Embu Guaçu – SP, atua há 15 anos como psicopedagoga clínica, área na qual é pós-graduada desde 2006. Em 2008 concluiu pós-graduação em Didática Superior, e em 2009 concluiu pós-graduação em Educação Especial e Educação Inclusiva, em 2017 concluiu pós-graduação em neuropsicopedagoga e em 2022 concluiu pós-graduação em Jornalismo – A importância da ética no jornalismo na atualidade, publicado na Revista Evolucione, pág. 203 https://revistaevolucione.
Contatos: WhatsApp (11) 99763-1603 / Instagram: @lambiazi03
* Por Mônica de Paula Silva