Buchecha analisa título no Pro League e projeta ADCC: ‘Chegar e sair na porrada’
Por Diogo Santarém
Pela segunda vez, Marcus Buchecha fez história no GP dos Pesados da IBJJF, o Pro League, realizado no último dia 26 de agosto, em Las Vegas, nos Estados Unidos. Com uma atuação segura e deixando pra trás a sua derrota para Roger Gracie, o faixa-preta da Checkmat enfileirou Dimitrius Souza, João Gabriel Rocha e, na decisão, Leandro Lo.
A final, como era de se esperar, foi o embate mais difícil. Na maior parte da luta, Buchecha ficou por cima, mas Leandro Lo soube conter o ímpeto do seu adversário. No fim, com uma vantagem para cada, a decisão ficou para os árbitros, que declararam vitória de Buchecha, campeão e dono do prêmio de US$ 40 mil, um dos mais cobiçados da arte suave.
A história, porém, poderia ter tido outro desfecho. Segundo Buchecha, o duelo foi tão apertado que não seria estranho se ele tivesse sido decidido a favor de Lo, vice-campeão e que levou para casa US$ 10 mil como prêmio de “consolação”.
“Foi uma competição muito boa, onde tive três lutas duríssimas. A primeira foi contra o Dimitrius, um cara com quem eu nunca tinha lutado, então procurei controlar, aquecer meu corpo. Depois, contra o João Gabriel, já com o corpo quente, me soltei mais e finalizei. Por fim, na decisão contra o Leandro Lo, meu irmão, uma luta duríssima, um empate. Ali a arbitragem poderia ter dado para qualquer um, mas acabaram dando pra mim. Foi uma luta bem parelha, mas deu tudo certo”, afirmou, em entrevista exclusiva à TATAME.
Agora, o foco do dez vezes campeão mundial se volta para o ADCC, que acontece nos dias 23 e 24 deste mês, em Espoo, na Finlândia. De olho no título absoluto do evento, um dos poucos que faltam no seu currículo, Buchecha garantiu estar com a preparação em dia.
“Vou começar a treinar forte agora, mas já estou no gás, é mais uma questão de ajustar o jogo sem quimono e preparar os últimos detalhes. Ainda não vi os nomes da minha categoria, mas vou preparado para tudo. Me preocupo mais com o meu jogo, em botar o meu ritmo na luta, então vou lá para sair na porrada e fazer o que eu mais gosto”, disse o faixa-preta, que ainda contou estar ansioso para ver seu mestre, Léo Vieira, em ação contra Chael Sonnen – lutador de MMA – em uma das superlutas do ADCC 2017.
“Acho que vai ser bem legal, o Leozinho, mais do que ninguém, merece essa superluta. Ele fez história no esporte, no evento (é bicampeão), já provou que não escolhe adversário, enfrenta qualquer um, qualquer hora. Ele é um mago, uma lenda. Estou acompanhando os treinos dele diariamente, vai chegar bem. Estou ansioso para vê-lo em ação”, encerrou.