CBBoxe apresenta planos para manter Brasil protagonista da modalidade nas Olimpíadas 2024 e 2028

CBBoxe apresenta planos para manter Brasil protagonista da modalidade nas Olimpíadas 2024 e 2028

Ao lado do Skate, o Boxe foi a modalidade que mais rendeu medalhas para o Brasil nas Olimpíadas de Tóquio 2020 – realizadas este ano por causa da pandemia -, com o diferencial de ter conquistado uma de ouro, através de Hebert Conceição. Somado aos resultados das Olimpíadas de Londres (2012) e Rio (2016), são sete medalhas olímpicas, o que coloca a nobre arte atrás apenas do Judô nesse período.

Na próxima semana, os lutadores que representaram o Brasil em Tóquio retornam ao Centro de Treinamento da CBBoxe (Confederação Brasileira de Boxe), localizado no Clube Escola Joerg Bruder, em Santo Amaro, Zona Sul de São Paulo, para dar início à preparação visando os Jogos de Paris em 2024. De acordo com o presidente da CBBoxe, Marcos Cândido de Brito, a expectativa é que a base do time brasileiro que vai a Paris seja a mesma que esteve em Tóquio, tendo em vista a pouca idade dos atletas. Entretanto, o plantel da seleção permanente foi ampliado para 36 lutadores, 12 a mais que o do último ciclo, visando além.

“Estamos trabalhando mais as categorias de base, o juvenil está tendo uma atenção maior, estamos trazendo os atletas entre 16 e 18 anos com mais frequência para treinarem juntos com os da elite visando as competições do ano que vem. Assim, preparamos talentos não apenas para 2024, mas para 2028 também”.

Os medalhistas em Tóquio foram Hebert Conceição, 23 anos; Beatriz Ferreira, 28; e Abner Teixeira, 25. Desses, apenas Bia era “certeza” de medalha, já que a equipe masculina estava sendo preparada para Paris. A seleção ainda teve Keno Marley, 21; Wanderson “Shuga” Oliveira, 24; Jucielen Romeu, 25; e Graziele Jesus, 30.

“São atletas jovens, mas com a experiência de terem lutado nas mais difíceis competições internacionais, o que faz eles se desenvolverem técnica e taticamente. A projeção é que o resultado de Paris seja melhor que o de Tóquio. Além desses atletas que vão chegar com mais experiência, os da base estão pedindo passagem”.

Os planos da CBBoxe são ambiciosos e não se resumem apenas ao topo da pirâmide. Marcos Cândido de Brito contou que existe um grande projeto, que visa abrir centros de treinamentos espalhados pelas regiões do Brasil para dar condições a projetos sociais desenvolverem um trabalho ainda melhor de formação.

“A maioria dos atletas da seleção brasileira vêm de projetos sociais. Nossa ideia é dar uma estrutura digna a esses projetos, com espaço, equipamentos e também atualizando os treinadores e fazendo com que esses jovens cheguem à seleção ainda melhores preparados. Estamos conversando com possíveis parceiros para colocar em prática todo esse planejamento”, revelou o dirigente.

A estrutura serviria não apenas para treinamentos, mas também para a realização de competições regionais, já que atualmente existe uma escassez de eventos para a quantidade de talentos que precisam ganhar experiência em disputas dentro dos ringues, para que a adaptação nos grandes palcos seja melhor.

“Basicamente, os atletas só participam de competições quando a gente faz, e isso acaba não dando ao jovem que está começando um desenvolvimento, uma condição técnica e tática necessária, e ele acaba chegando praticamente cru na seleção. Vamos criar um grupo de arbitragem grande para dar condições”.