Cigano abre o jogo sobre demissão do UFC, cita ‘desrespeito’ com história construída e afirma: ‘A intenção deles era me usar como trampolim’

Cigano abre o jogo sobre demissão do UFC, cita ‘desrespeito’ com história construída e afirma: ‘A intenção deles era me usar como trampolim’

No começo do mês de março, Junior Cigano foi demitido do UFC. Aos 37 anos, o brasileiro deixou a franquia como ex-campeão e um dos principais nomes do peso pesado. Porém, os últimos resultados, quatro derrotas seguidas – todas por nocaute – pesaram na decisão. Em entrevista ao MMA Figthing, o lutador disse que o Ultimate queria que ele aceitasse, com poucas semanas, uma luta contra Marcin Tybura no próximo dia 27.

Cigano relatou que o mesmo aconteceu quando ele enfrentou Ciryl Gane, em dezembro. O UFC informou que, caso Junior não lutasse contra o francês pelo UFC 256, seria dispensado por registrar uma sequência de três derrotas. O brasileiro disse que se sentiu como um “trampolim” para os jovens valores da categoria.

“Eu não tive muita escolha (sobre aceitar a luta contra Gane), estava realmente sob pressão, e agora eles queriam fazer de novo. Pior, em um prazo mais curto. Eu estava tendo uma concussão nas duas vezes, e eles nem ligaram, queriam que eu lutasse. Quando recusei (lutar contra o Tybura), eles (UFC) nem mesmo disseram nada para mim. Enviaram uma mensagem para o Adam (Lambert, um dos responsáveis pela American Top Team). Para mim, está claro que a intenção deles era me usar como um ‘trampolim’ para construir outros lutadores”, relatou o brasileiro, que seguiu e destacou a “falta de respeito” por parte do UFC.

“Já ouvi de outros atletas, amigos e pessoas que conheço, falaram como foram tratados depois que o UFC não estava mais interessado neles, e foi exatamente a mesma coisa comigo. Desrespeito total”, comentou.

Junior Cigano chegou ao Ultimate em 2008 e venceu nomes importantes da categoria como Cain Velásquez, Fabrício Werdum e Frank Mir, por exemplo. O lutador foi uma das estrelas da companhia no processo de retorno ao Brasil. O peso-pesado voltou a afirmar que a sua história dentro da franquia não foi valorizada.

“Reagi com surpresa (a notificação de demissão do UFC) e fiquei um pouco impressionado com a frieza com que trataram o caso. Eu sei que é um negócio, mas eles simplesmente não se importam. A história que fizemos lá e tudo mais, a dedicação e como tudo sempre correu, foi totalmente desconsiderada”, concluiu.

Livre no mercado, Cigano ainda não tem um destino definido. Mas, o lutador afirmou que tem recebido diversas propostas e que está animado para a nova fase. O peso-pesado citou o Boxe como um caminho.