Do Val cita motivos que a fizeram trocar De La Riva pela Soul Fighters e diz: ‘Não tenho mágoas’

Do Val cita motivos que a fizeram trocar De La Riva pela Soul Fighters e diz: ‘Não tenho mágoas’

*Tricampeã mundial na faixa-preta, Cláudia do Val representará uma nova bandeira nas competições de Jiu-Jitsu – o que já começou a valer no Brasileiro sem quimono, realizado no último fim de semana no Rio de Janeiro. A atleta, que sempre competiu pela equipe De La Riva, agora faz parte do time da Soul Fighters. A casca-grossa bateu um papo com a TATAME e revelou os motivos para tomar essa decisão.

“Eu nunca tive um acompanhamento técnico do meu professor como atleta. Nunca foi a uma competição minha ou procurou saber resultados por mensagem. Eu entendo que as pessoas tenham suas vidas pessoais e suas prioridades, então, não tenho mágoas por isso. Mas vejo que todos os atletas que competem no alto nível têm esse acompanhamento, e isso faz muita diferença. Eu também fui cobrada para treinar. Eu estive viajando por três meses e nesse meio tempo, a academia mudou de local. Posso estar enganada, mas não conheço nenhum atleta profissional, que vive do Jiu-Jitsu e está sempre lutando e representando a academia, ser cobrado para treinar”, disse Claudinha, que seguiu:

“Fui proibida de usar o quimono do meu patrocinador. A academia, há alguns anos, já vem com a regra de um quimono oficial, não simplesmente com o patch, tem que ser o quimono oficial confeccionado por eles. Recentemente, eu fechei patrocínio com uma marca de quimonos, que me exige o uso do quimono em todas as ocasiões, inclusive treino, e meu professor não me permitia usar o quimono do meu patrocinador em treinos. Eu ofereci para colocar os patchs nos mesmos lugares do quimono oficial, mas recebi um “não” como resposta”, revelou à TATAME.

Sobre a Soul Fighters, Cláudia disse que tem uma ótima relação com todos da equipe, em especial, com Bruno Tank, um dos responsáveis pelo time. A lutadora afirmou que sempre foi bem recebida por ele em Dallas, nos Estados Unidos, e que por isso optou, no momento, por vestir a bandeira da academia.

Olhando mais para o futuro, Do Val afirmou que pensa em abrir um própria academia em um prazo de dois anos, mas refutou a ideia de fundar a própria equipe. A casca-grossa declarou que não sabe se isso vale, realmente, a pena.

ATUALIZAÇÃO: à TATAME entrou em contato com o Mestre Ricardo De La Riva, responsável pela equipe. Ele não quis se manifestar sobre o assunto.

*Por Yago Rédua e Marcos Castro