Com lições de Rômulo Barral e Felipe Preguiça, faixa-preta quer vencer no Europeu 2020 e garante: ‘O preço foi pago’

Com lições de Rômulo Barral e Felipe Preguiça, faixa-preta quer vencer no Europeu 2020 e garante: ‘O preço foi pago’

Hebert Penido vem de uma das escolas mais tradicionais de Jiu-Jitsu em Belo Horizonte, Minas Gerais: a FP Team, comandada por ninguém menos que o astro Felipe “Preguiça” Pena. E o popular “Bitim” quer coroar sua boa fase na carreira com a medalha dourada do Campeonato Europeu da IBJJF, que acontece nesta semana, em Odivelas, Portugal.

O faixa-preta fez um camp de alta qualidade, comandado por um preparador físico e um nutricionista para atingir êxito na divisão de peso pesado no master 1. Bitim também contou com conselhos importantes dos seus mentores, Rômulo Barral e Preguiça.

“O Barral é um ídolo e amigo pessoal. Com ele no tatame, aprendi a importância da disciplina e trabalho duro, foi por conta disso que treinei com muito mais vontade nestas sessões de treinos que fiz para o Europeu 2020. O Rominho também refina meu Jiu-Jitsu com detalhes de posicionamento e pressão na hora certa. São peças simples que fazem uma diferença enorme na luta. Sobre o Felipe, é um prazer ser faixa-preta dele. Toda minha base e o Jiu-Jitsu que tenho hoje são graças a ele. É um privilégio dividir o tatame com um atleta dessa magnitude”, revelou Hebert.

Com 11 medalhas de ouro conquistadas na última temporada, entre elas o título do Campeonato Europeu No-Gi, o atleta chega confiante para o primeiro torneio da International Brazilian Jiu-Jitsu Federation (IBJJF) no ano. Ele ainda tem a motivação de estar lutando em “casa”, já que comanda a FP Team Lisboa, em Portugal.

“É uma pressão a mais, porém, isso me motiva a brigar pelo meu sonho. Lutar na frente dos meus alunos e amigos, na verdade, me deixa bem feliz. É um combustível que todo lutador gosta de ter quando vai para um campeonato. Estou bastante motivado e preparado”, destacou Herbert, analisando a sua categoria.

“A divisão vem com ótimos nomes, mas por eu ter feito uma boa temporada em 2019 e ter mantido o ritmo de treinamento, estou confiante. Existem alguns nomes ali que são pessoas que já me venceram, outros que já venci e alguns com quem eu tenho vontade de lutar. Tem nomes também que não conheço, mas nada tira meu sono. Treino para estar sempre pronto e com certeza vou chegar lá para dar o meu melhor”.

Praticante de Jiu-Jitsu há 14 anos e faixa-preta há três, Hebert foi clínico ao analisar o crescimento do Jiu-Jitsu na divisão master e ainda apontou melhorias que poderiam acontecer, na sua visão, para atletas da classe.

“Vários fatores apontam para o crescimento do esporte. Posso citar o pagamento de premiação em dinheiro e a redução dos preços das inscrições, pois isso geraria um aumento no número de atletas inscritos, o que automaticamente elevaria as disputas. Posso sugerir também torneios com uma estrutura melhor para os atletas com vestiários, área de aquecimento separada, estabelecimentos dentro do próprio campeonato que ofereçam comidas saudáveis, e respeito aos horários estabelecidos. Ter uma divulgação mais ampla dos torneios também é importante para esse crescimento”, encerrou o experiente casca-grossa.