Cria da Gracie Barra Matriz e responsável por formar 20 faixas-preta, Fábio ‘Ossitos’ analisa papel do professor

Cria da Gracie Barra Matriz e responsável por formar 20 faixas-preta, Fábio ‘Ossitos’ analisa papel do professor

Desde os 4 anos de idade no tatame, o faixa-preta Fábio ‘Ossitos’ Januário sabe bem o que o Jiu-Jitsu representa e, através do esporte, viu a sua vida mudar. Hoje atuando como professor, vem contribuindo com o crescimento do esporte para retribuir tudo o que a arte suave lhe proporcionou.

Cria da Gracie Barra Matriz, no Rio de Janeiro, Fábio ‘Ossitos’ foi formado pelo GM Carlos Gracie Jr, nome histórico do Jiu-Jitsu, e por isso mesmo sabe a importância de respeitar e transferir os seus valores.

“Eu fui aluno da primeira turma da Gracie Barra Matriz para crianças, nos anos 90, quando eles estavam implementando o primeiro programa de Jiu-Jitsu com metodologia para crianças da história. Em 2005 fui graduado faixa preta diretamente pelo meu mestre Carlos Gracie Jr e tive a honra de ser convidado para ensinar na Matriz, onde lecionei por vários anos, sendo um dos únicos da minha geração inteira a ter essa oportunidade”, relembrou o professor, que desde pequeno já sabe os benefícios da arte suave:

“Quando eu tinha uns 10 anos, era uma criança que não me alimentava bem, não tinha disciplina, recebia chamadas na escola, mas aí o Jiu-Jitsu me ensinou a ter foco, um objetivo. Já adolescente, eu convidava todos os amigos para treinar e sempre gostei de ensinar, assim como meus irmãos, os também faixas-preta Adão ‘PQD’ e Aldo ‘Caveirinha’. Naquela época eu me encantei pela tarefa de ensinar e sigo este caminho até hoje. Não há nada mais gratificante do que comemorar as vitórias e conquistas dos seus alunos”, completou.

Fábio 'Ossitos' (por baixo) ensinando em filial da Gracie Barra em Fort Lauderdale, nos EUA (Foto arquivo pessoal)

Fábio ‘Ossitos’ (por baixo) ensinando em filial da Gracie Barra em Fort Lauderdale, nos EUA (Foto arquivo pessoal)

Ao longo da sua trajetória, Fábio ‘Ossitos’ percorreu o estado do Rio de Janeiro com os irmãos propagando o Jiu-Jitsu, realizou seminários na Europa e nos Estados Unidos, treinamentos para forças policias e militares, e como professor da GB, chegou até Belo Horizonte, em Minas Gerais. Atualmente, seu objetivo é seguir compartilhando os ensinamentos do esporte nos Estados Unidos.

“Liderei equipes de Jiu-Jitsu muito grandes, que formaram em suas escolas mais de 50 faixas-preta enquanto eu lecionava, e muitos atingiram o topo do esporte. Nessa jornada eu graduei pessoalmente por volta de 20 faixas-preta desde os primeiros passos, e acompanhei tantos outros que acabaram indo para equipes diferentes, mas hoje vivem do Jiu-Jitsu. Também fui professor de nomes excepcionais como Matheus Nicolau, Rafael dos Anjos e Igor Araújo, todos lutadores do UFC, entre outras feras do MMA”, disse Fábio ‘Ossitos’, que ainda ressaltou o aspecto mais importante na hora da formação:

“O Jiu-Jitsu, assim como educar uma criança, leva tempo. Para formar um faixa-preta é necessário uma mistura de técnica, tempo, qualidade de treinos e humildade. A responsabilidade do faixa-preta é muito maior e ter essa consciência é um dos primeiros passos na preparação para atingir esse objetivo”.

Por fim, Fábio ‘Ossitos’ Januário opinou sobre os valores da arte suave: “O Jiu-Jitsu é uma arte marcial que envolve todos os aspectos da vida. Ele carrega valores importantes para o ser humano, atleta e para a sociedade como um todo, tais como honra, disciplina, respeito ao próximo e às autoridades, não desistir, se manter confortável em situações desconfortáveis, resiliência, humildade, formação de caráter, entre outros. Esses valores preparam qualquer ser humano para a vida e auxiliam na formação de pessoas honestas, corretas e que podem contribuir para uma sociedade melhor”, concluiu.

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