Destaque com e sem o quimono, Diego Pato almeja brilhar nos dois e garante: ‘Quero ser o melhor’

Destaque com e sem o quimono, Diego Pato almeja brilhar nos dois e garante: ‘Quero ser o melhor’

* Sucesso nas faixas coloridas, Diego Pato chegou à elite do Jiu-Jitsu mostrando boas performances e mantendo a rotina de títulos importantes. Só em 2021, o faixa-preta ganhou o ranking da AJP Tour e o World Pro, além de faturar a medalha de ouro no Pan No-Gi da IBJJF. Diante de um dilema que alguns atletas vivem de competir com ou sem pano, o craque da Cícero Costha sabe bem o que deseja: “ser o mais completo”.

Com essa mentalidade, Pato comentou à TATAME sobre como busca conciliar a preparação para os eventos com e sem quimono: “Sempre treinei muito mais de quimono do que sem, até para o Pan, eu não tive tanto tempo para me preparar, porque um pouco antes, teve o World Pro. Então, só treinei No-Gi por pouco tempo. Agora, eu tenho alguns eventos No-Gi no segundo semestre e estou treinando Wrestling e sem quimono para estar 100% preparado para esses desafios. Estou conciliando No-Gi e Gi, porque também tem eventos de quimono como o Pan Americano em setembro. Acredito que temos que ser completos. Quero ser o melhor e me empenho em tudo o que eu faço”, disse uma das promessas do Jiu-Jitsu, que tem apenas 22 anos.

Ao longo do bate-papo, Pato analisou seu primeiro título na elite do Abu Dhabi World Pro e todo o suporte financeiro e de estrutura oferecido pela AJP, além do sonho de estrear no Mundial da IBJJF como faixa-preta.

Confira outros trechos da entrevista com Diego Pato:

– Título do World Pro na faixa-preta

Foi o meu primeiro World Pro na faixa-preta e já me consagrei campeão. Não foi a minha primeira conquista na faixa-preta, mas uma das maiores que tive até o momento. O título de campeão do World Pro me dá a certeza de que estou no caminho certo, mais perto de chegar nos meus objetivos. Mas claro, é só o começo.

– Conquista do ranking da AJP Tour

Acredito que todos os atletas querem ser valorizados. A AJP, assim como a UAEJJF, tem valorizado os atletas tanto na premiação das categorias e do ranking, quanto no suporte e estrutura. Nesse último World Pro, alguns atletas selecionados tiveram o privilégio de ir para Abu Dhabi disputar o evento com tudo pago: hotel, passagem de avião e todo o tratamento adequado. Isso, além de viabilizar muito a ida ao campeonato, nos faz sentir valorizados. Eu não tinha intenção de rodar a temporada no início, mas vi que valeria a pena.

 


– Olho nos eventos da IBJJF e AJP

Eu sempre procuro lutar o Grand Slam da IBJJF (Europeu, Pan, Brasileiro e Mundial), que é o meu principal objetivo, mas depois que eu fui graduado a faixa preta, veio a pandemia e impediu que os eventos acontecessem normalmente. Pretendo continuar lutando o ranking da AJP, mas ainda não decidi se no próximo ranking eu vou conseguir rodar (todos os países), pois tenho alguns outros eventos já confirmados.

– Título do Pan Americano No-Gi

Ser campeão do Pan me traz muita expectativa para os campeonatos No-Gi. Foi bastante intenso, pois eu estava há muito tempo sem lutar sem quimono, desde 2018, quando lutei ainda na faixa-roxa o próprio Pan No-Gi. Tinha muitos atletas duros na chave, sabia que seria um desafio e eu gosto de desafios, me motivam a evoluir. Então, fui com essa motivação de poder lutar com alguns dos melhores do mundo na categoria. E, além de ser campeão, ainda fui eleito como melhor performance do evento pela FloGrappling.

– Desafios do segundo semestre

No segundo semestre, vou lutar o Pan Americano, o Mundial No-Gi, o evento Emerald Invitational, que será um GP No-Gi, e alguns outros que ainda não posso falar. Também espero que o Mundial da IBJJF finalmente seja realizado para que eu possa fazer a minha estreia na faixa-preta. Estou muito ansioso pelo que está por vir.

* Por Yago Rédua