Em virada emocionante, Hebert Conceição aplica nocaute no último assalto e conquista ouro nas Olimpíadas
A final olímpica da categoria até 75kg no Boxe em Tóquio 2020, disputada na madrugada deste sábado (7), prometia ser um combate difícil para Hebert Conceição contra Oleksandr Khyzhniak. E o que se viu foi exatamente isso. O combate estava complicado para o brasileiro, com o pugilista ucraniano sendo mais agressivo desde o começo, conectando os golpes mais limpos e vencendo os dois primeiros rounds.
Com pouco mais de um minuto para o fim da luta, já no terceiro assalto, Hebert foi para o tudo ou nada e acertou cruzado de esquerda impecável para derrubar o adversário de forma impressionante. O nocaute técnico deu ao brasileiro a medalha de ouro. O baiano repetiu o feito de Robson Conceição na Rio 2016 – que também foi campeão olímpico. A luta foi disputada na Arena Kokugikan, icônico templo do Sumô japonês.
“Difícil falar a sensação, é incrível, uma emoção muito grande, senti e energia de todo mundo que estava torcendo. Eu pensei durante os rounds que tinha muita gente mandando energia por esse nocaute. Eu acreditei que eu podia e que bom que aconteceu, eu fui premiado e a gente merece”, afirmou o campeão.
Para chegar ao ouro olímpico em Tóquio, Hebert passou nas oitavas de final pelo chinês Tuohetaerbieke Tanglatihan, por 3 a 2, em decisão dividida dos árbitros. Nas quartas, enfrentou o cazaque Abilkhan Amankul, prata no Campeonato Mundial de 2017 e vice-campeão asiático, e passou por 3 a 2. Na semi, o adversário foi o russo Gleb Bakshi, campeão mundial de 2019, e novo triunfo verde-amarelo, dessa vez pelo placar de 4 a 1.
Esta é a oitava medalha do Boxe na história olímpica e a terceira nos Jogos de Tóquio 2020. No começo da madrugada de domingo (8), a partir das 2h (horário de Brasília), Bia Ferreira (até 60kg) estará em ação na busca pelo segundo ouro brasileiro na modalidade. Abner Teixeira já conquistou o bronze na categoria até 91kg. O Boxe brasileiro deixará esta edição dos Jogos Olímpicos com sua melhor campanha na história.
Yago Rédua
Fã de esporte, o jornalismo sempre foi algo que me moveu e despertou a minha paixão. Em 2016, concretizei esse sonho quando me formei pela FACHA. A profissão me permitiu conhecer pessoas e lugares, além de bater papo com grandes ídolos. Na TATAME, entrei como estagiário, passei pela função de repórter e, atualmente, sou o coordenador de conteúdo do site e também do TATAME Play.