Embalada, Amanda Lemos mira luta com Nina no UFC e destaca: ‘Meu diferencial é a agressividade’
* Após estrear no UFC em 2017, com derrota, e demorar dois anos para retornar ao octógono por conta de uma suspensão da USADA (Agência Antidoping dos Estados Unidos), Amanda Lemos voltou em 2019 e hoje vive o melhor momento da sua carreira. Aos 34 anos, a peso-palha brasileira vem de quatro vitórias seguidas – sendo três delas no primeiro round – e, no dia 18 de dezembro, tentará a quinta contra Nina Ansaroff Nunes, atual sétima colocada no ranking da categoria até 52kg.
Em entrevista à TATAME, Amanda recordou o período turbulento em seu início na organização, comemorou a volta por cima e avisou: “É só o começo”. Além disso, projetou o encontro com Nina, esposa da campeã dupla Amanda Nunes e um dos principais nomes do peso-palha feminino.
“Minha estreia foi conturbada porque eu aceitei a luta com 20 dias de antecedência, sendo que eu estava há quatro meses sem treinar absolutamente nada. E quando comecei a treinar, me machuquei e não consegui dar sequência. Fui para a luta na cara e na coragem (risos), e depois soube que precisava levar uma vida de atleta. Então, fui suspensa por dois anos, muita coisa aconteceu nesse período, passei por três cirurgias na coluna, mas graças a Deus tive força de vontade e hoje são quatro triunfos seguidos. É só o começo”, destacou brasileira, que ainda deixou um agradecimento especial ao ex-lutador do UFC Iuri Marajó.
“Em primeiro lugar, agradeço a Deus por tudo isso. Depois, aos meus treinadores, que diariamente me fazem melhor, e ao Iuri Marajó, que nunca desistiu de mim quando eu mesma já tinha desistido várias vezes. Ele não me deixou parar”.
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Vindo de um triunfo por nocaute em 35 segundos sobre Montserrat Ruiz no UFC Vegas 31, em julho, Amanda revelou que, antes do acerto para enfrentar Nina, a chinesa Yan Xiaonan e a americana Tecia Torres recusaram combates contra ela. Porém, a brasileira, que se encontra na 13ª posição da divisão, seguiu firme no objetivo de lutar contra alguma adversária à sua frente no ranking, e conseguiu.
“Quero lutar com as melhores, a Yan (quarta) e a Tecia (nona) estão à minha frente no ranking, por mérito delas, e por isso queria enfrentá-las. Assim como a Nina, que é a sétima não é atoa. Acho que vai ser um grande duelo, com muita porrada. Eu sempre entro para nocautear ou finalizar. Meu diferencial é a agressividade, a potência dos meus golpes. Hoje me sinto completa. Estou no meu melhor momento e treino todos os dias para enfrentar as tops da categoria”, disse Amanda.
Antes de encerrar, a atleta ainda analisou o jogo de Nina, que vem de duas derrotas e busca recuperação: “Vejo que ela chuta bastante, solta muito golpe frontal, e eu também faço isso, porém de forma mais agressiva. Já estamos estudando os pontos fracos dela e vamos trabalhar em cima disso”.
* Por Diogo Santarém