Embalado há 11 lutas, faixa-preta Vinicius Garcia domina absoluto no Houston Open e mira Pan No-Gi

Embalado há 11 lutas, faixa-preta Vinicius Garcia domina absoluto no Houston Open e mira Pan No-Gi

Vinicius Garcia, 29 anos, segue em alta. O faixa-preta da Gracie Gym Richardson, no Texas, Estados Unidos, acabou de conquistar seu segundo título absoluto na International Brazilian Jiu-Jitsu Federation (IBJJF) em 2021. O primeiro veio no Orlando Open e, há duas semanas, em Houston, Vinicius foi novamente campeão absoluto do master 1. A disputa pelo ouro aconteceu contra Kim Terra, vencedor do peso leve.

Vindo de uma boa sequência de 11 lutas com vitórias somando os dois torneios da IBJJF, Vinicius analisou o que fez diferença na sua performance diante de adversários de alto nível, como Kim: “Destaco a minha capacidade de poder lutar com frieza, sendo calculista para não errar contra os meus adversários. Eu soltei meu jogo sem me preocupar com a vitória, sempre estou feliz por estar lutando, esse é o meu segredo. O lutador feliz é um lutador vitorioso e muito mais perigoso”, explicou Vinicius, contando ainda como foi vencer o irmão do casca-grossa Caio Terra. “Minha final com ele (Kim) foi 8 a 0. Ele tentou me ‘berimbolar’, eu defendi e fui para as costas. Depois, movimentei e consegui estabilizar a montada”.

Animado com o bom momento, Vini quer aproveitar as oportunidades para fazer superlutas de Jiu-Jitsu, atividade em alta no cenário que ainda sofre com a pandemia. “Eu treino para enfrentar qualquer oponente, não escolho um ou outro. Espero lutar novamente no Fight 2 Win ou outro evento de lutas casadas que valoriza os atletas de Jiu-Jitsu como profissionais. Fico feliz de ver o esporte crescendo dessa maneira”, disse.

Faixa-preta há seis anos, o goiano Vinícius está a quase três anos nos Estados Unidos e revelou qual é o tamanho da influência do Jiu-Jitsu por lá. A seguir, o faixa-preta – que volta a lutar no Pan No-Gi, dias 15 e 16 de maio, no Texas – detalhou como o esporte tem um valor cada vez maior na sociedade.

“Na cultura americana, o esporte tem uma grande importância. As crianças são incentivadas a começar a praticar esporte desde muito cedo com a idealização de se destacar e conquistar uma sonhada vaga na universidade. Eles exigem muito desses atletas, treinam forte e com muita disciplina. O Jiu-Jitsu tem aumentado a sua popularidade na sociedade americana e um dos motivos para isso é porque eles têm valorizado cada vez mais atividades que ofereçam a integração racial, social e disciplina, além de ser muito efetivo também nos programas antibullying”, afirmou o brasileiro, antes de encerrar. “O Jiu-Jitsu ajuda a fazer novos amigos, melhora o relacionamento humano, foco, concentração e no tratamento contra depressão”.