Faixa-marrom da GFTeam vence oito lutas seguidas até o título do World Pro e diz: ‘Físico foi o diferencial’

Faixa-marrom da GFTeam vence oito lutas seguidas até o título do World Pro e diz: ‘Físico foi o diferencial’

Para quem vivia um momento difícil na vida pessoal há dois meses, onde ficou impossibilitado de viajar a trabalho por conta da pandemia, que fechou aeroportos no mundo inteiro, Catriel Oliveira não desanimou em meio a este cenário. No último fim de semana, em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes, o jovem de 20 anos foi coroado como o melhor atleta até 85kg no Abu Dhabi World Pro, o Campeonato Mundial Profissional.

Catriel, primeiro, precisou vencer a seletiva brasileira em quatro lutas, ao superar Jansen Gomes (Checkmat), Yago Neves (Dream Art) e Mikael Rhaillander (ZR Team) e Pedro Machado (Gordo Jiu-Jitsu). Foram duelos difíceis, contra oponentes também que são cotados como futuras estrelas do Jiu-Jitsu de competição. Depois, na chave principal, o aluno de Julio dos Anjos venceu mais quatro atletas, o escocês Hermes Lazarus (Prana Jiu-Jitsu), o costa-riquenho Sebastian Rodriguez (Cicero Costha), o sírio Sair Mohammad (Al Jazira Jiu-Jitsu) e o brasileiro Mateus Meyer (Cícero Costha).

Após dominar oito adversários em sequência, Catriel conta que a preparação física e a parte mental foram essenciais para conquistar o título em meio a tantos oponentes de alto calibre.

“A categoria estava muito difícil, nunca estive em uma categoria assim. Na seletiva para os brasileiros, fiz quatro lutas contra atletas campeões mundiais e de nome. Depois que eu venci a primeira luta, eu tive a certeza que ninguém me parava. Já na chave principal, eu estava muito bem também, tanto psicologicamente quanto fisicamente. Enquanto era a minha quinta luta no dia, era a primeira dos meus adversários. Graças aos treinos do Léo Micussi, eu estava com um ótimo preparo e foi aí que eu consegui depositar tudo de mim na luta. Eu sabia que tinha Jiu-Jitsu para ganhar, mas o que foi diferencial, para mim, foi o físico”, conta Catriel, que na disputa pelo ouro dominou Sebastian Rodriguez (Cícero Costha) por 1 ponto.

Dos oitos duelos que protagonizou na terra do xeque Tahnoon bin Zayed, a nova estrela da GFTeam elegeu a luta contra Pedro Machado como a mais disputada e estudada durante sua campanha. A seguir, ele detalha como fez para vencer o compatriota, que o havia vencido no Rio Open, em março, além de exaltar a presença do seu professor.

“A luta mais difícil e estudada, para mim, foi contra o duríssimo Pedro Machado. Eu consegui executar a estratégia do início ao fim. Fora que ele já tinha me vencido no Rio Open, mas eu sabia que tinha sido um erro meu. Fiz boa luta contra o Jansen e o Sebastian, mas pra mim, onde eu tive que ser mais estratégico, foi contra o Pedro. Venci na decisão dos árbitros. O apoio e torcida do meu professor Julio dos Anjos e da Enaile fazem muita diferença. É muito bom lutar ao lado de pessoas como o Júlio. Eu sinto a falta dele quando luto no Brasil, pois ele mora em Dubai”, comenta o campeão, antes de exaltar o nível do torneio, em comparação ao Mundial da International Brazilian Jiu-Jitsu Federation (IBJJF).

“Espero e torço muito para que tenha o Mundial da IBJJF esse ano. É, com certeza, a chave do World Pro estava igual ou mais difícil. Quero continuar trabalhando duro para realizar outro feito grande na minha carreira.”

Catriel também aproveitou para dizer que vai investir mais em sua imagem como atleta. Para isso, ele contratou uma assessoria de comunicação que vai lhe auxiliar em seus projetos pessoais.

“A divulgação é a chave e eu estava muito por fora disso (risos). Agora, com a assessoria da Fight Talk Comunicação, eu vou saber como fortalecer e dar visibilidade à minha imagem como atleta. Agora vou ficar tranquilo com essa parte”, encerrou.