Faixa-preta da CheckMat, Matheus Gabriel vibra com ouro no Pan No-Gi: ‘Escrevendo minha história’
Em busca de novos desafios, depois de ter conquistado o título mundial em 2019, Matheus Gabriel subiu duas categorias de peso e passou a atuar na divisão dos médios. No Pan-Americano No-Gi, realizado há uma semana no Texas, Estados Unidos, o faixa-preta da Checkmat conquistou seu primeiro grande título sem quimono e, de quebra, colocou seu nome em evidência na categoria que tinha nomes como Hugo Marques (Ares BJJ), Felipinho Cesar (Unity) e Leonardo Silva (GFTeam), três dos adversários que o manauara teve que vencer em seu caminho ao ouro.
Na final, por exemplo, mediu forças contra o duríssimo Hugo Marques, onde saiu vencedor por dois pontos, oriundo de uma punição, pois quando tentava aplicar uma raspagem, o adversário fez uma fuga para tentar defender a posição. Vale destacar que a luta foi uma das mais comentadas da internet e o campeão explica o porquê.
“A final foi porrada, foi ataque contra ataque. Ele tentou passar minha guarda, mas felizmente eu consegui raspar. Eu subi na perna e ele foi para fora, o que acabou me dando pontos por conta de uma punição contra ele. Ele ficou com raiva, pois achou que o juiz não deveria ter me dado dois pontos, mas é a regra! Já haviam postado e falado sobre essa regra dias antes do evento. Enfim, eu ganhei. Mas ele não apareceu no pódio, achei que não teve profissionalismo da parte dele. Eu não faria isso, foi feio e é ruim para o esporte. Ele decidiu assim”, comenta Matheus, ao falar da luta que lhe garantiu o título.
Antes da finalíssima, Matheus finalizou Michael Trasso no triângulo e bateu Leo Silva e Felipinho nos pontos. Matheus provou, na prática, que a massa corporal que ganhou não atrapalhou sua velocidade na hora de lutar.
“Me senti muito bem lutando no peso médio. Foi divertido e ao mesmo tempo desafiador, pelo fato de subir de peso, a mídia do Jiu-Jitsu falou sobre. Eu me senti muito bem, me senti mais forte e mantive a minha velocidade. Lutar contra adversários novos foi desafiador também, já que eu lutava de peso-pena há bastante tempo. Meu diferencial no sem quimono é lutar para frente, minha guarda também me ajuda muito. Tenho uma guarda boa e sei que sem quimono é muito difícil passar pela dificuldade que a disputa oferece. Estou animado para os próximos desafios”, conta o craque, antes de falar sobre como se sente ao lutar sem quimono, visto que foi sua segunda competição sem o tradicional paletó.
“Estou escrevendo a minha história no esporte, estou animado com as novas possibilidades e a visibilidade que a luta sem quimono oferece. Quero fazer superlutas, disputar torneios e mostrar todo meu potencial. Bem animado”, encerrou.