Gordon Ryan ironiza origem do BJJ: ‘Eu falando me*** deveria ser considerado manso comparado ao Hélio’
Gordon Ryan vem conquistando grandes resultados nas competições de grappling (Foto reprodução Instagram)
* Gordon Ryan é destaque pelo que faz com excelência dentro do tatame e também por sua característica provocativa fora da área de luta – em especial nas redes sociais. O americano, um dos maiores nomes das competições sem quimono, adota o uso do trash talk para se autopromover. Em entrevista exclusiva à TATAME, o faixa-preta ironizou a origem do Jiu-Jitsu brasileiro e citou até o Grande Mestre Hélio Gracie.
“O que acontece hoje não se compara à origem do Brazilian Jiu-Jitsu, onde os brasileiros frequentemente chamavam as pessoas de ‘bichas’ para provocar brigas, se metiam em brigas por onde quer que iam e invadiam escolas de Caratê, espancando o instrutor principal por diversão e assumindo suas escolas. Se é aí que está a raiz do Brazilian Jiu-Jitsu, eu mesmo falando merda, deveria ser considerado manso comparado ao Hélio (Gracie) – que levou um caixão para a luta com o Kimura”, disse Gordon, atual ouro duplo do ADCC.
Nos últimos meses, cresceu o debate sobre a nomenclatura “American Jiu-Jitsu” a respeito de uma nova versão da arte suave e, naturalmente, ocorreu um comparativo com o Brazilian Jiu-Jitsu – difundido em todo o mundo. Gordon foi enfático ao responder e mostrou sua versão sobre a polêmica das redes sociais.
“O American Jiu-Jitsu não existe. Existem inovações de nosso amado esporte em todo o mundo. Os japoneses criaram o Jiu-Jitsu e os brasileiros seguiram inovando, criando um novo conjunto de regras para competir. Em nossa época, existem muitos inovadores de todos os diferentes países. Chamá-lo de ‘American Jiu-Jitsu’ é tão tolo quanto chamá-lo de ‘Brazilian Jiu-Jitsu’, é apenas chamá-lo de “Jiu-Jitsu”, apontou o campeão.
Ainda a respeito do American Jiu-Jitsu, ele explicou o motivo que fez o também faixa-preta de arte suave Keenan Cornelius criar essa nomenclatura: “Foi simplesmente uma estratégia de marketing do Keenan, da mesma forma que o ‘Gracie Jiu-Jitsu’ ajudou os Gracies a construir seus nomes. A única diferença é que acredito que as Gracies tiveram mais impacto na forma moderna do Jiu-Jitsu do que Keenan”, concluiu.
* Por Yago Rédua
Yago Rédua
Fã de esporte, o jornalismo sempre foi algo que me moveu e despertou a minha paixão. Em 2016, concretizei esse sonho quando me formei pela FACHA. A profissão me permitiu conhecer pessoas e lugares, além de bater papo com grandes ídolos. Na TATAME, entrei como estagiário, passei pela função de repórter e, atualmente, sou o coordenador de conteúdo do site e também do TATAME Play.