Gutemberg celebra estreia com título na faixa preta e revela grande objetivo; veja

Gutemberg celebra estreia com título na faixa preta e revela grande objetivo; veja

Graduado faixa-preta em junho deste ano, Gutemberg Pereira agora tem um novo horizonte à sua frente profissionalmente. Aos 23 anos de idade, o lutador começa a se testar contra os melhores do mundo, e logo em sua estreia, no Chicago Open de Jiu-Jitsu, realizado pela IBJJF no último mês de agosto, o baiano já deu show com o título nos super-pesados e o vice no absoluto.

Classificando seu momento atual como um “sonho”, o pupilo de Julio César na GFTeam quer – e promete – muito mais. Em entrevista à TATAME, Gutemberg, que atualmente mora nos Estados Unidos, falou sobre a sua graduação, a estreia na preta, o título mundial este ano na faixa marrom e muito mais.

“O meu grande objetivo no Jiu-Jitsu, primeiramente, é ser o melhor que eu posso ser. Não falo isso da boca pra fora, eu realmente tenho o desejo de ser a melhor versão de mim mesmo, ser um cara completo, finalizador, agressivo, para quando eu for velhinho, poder assistir aos meus vídeos e falar para mim mesmo: ‘eu era sinistro’. Sentir orgulho disso”, contou o lutador, ao revelar o seu maior objetivo dentro da arte suave.

Confira abaixo a entrevista com Gutemberg Pereira na íntegra:

– Sensação ao receber a faixa preta do Julio César

Foi muito emocionante para mim receber a faixa preta das mãos do Julio. Ele é um cara muito especial, que me deu uma grande oportunidade para eu poder trabalhar duro e realizar os meus sonhos, então foi gratificante receber essa faixa das mãos dele, sem falar também que vem todo um filme na sua cabeça quando você olha para sua cintura e lembra tudo que passou para estar ali. Pegar a faixa preta é um sentimento que somente quem passa pode descrever.

– Tempo para a graduação e peso de ostentar a faixa preta

Eu acho que, para a maioria dos competidores, especialmente quando você é faixa-marrom, o seu desejo sempre é ganhar o Mundial e pegar a faixa preta no pódio, no seu primeiro ano, e quem falar que não está mentindo (risos). Infelizmente eu perdi o Mundial em 2016 e não fui graduado, aí agora, em 2017, eu ganhei e felizmente consegui essa tão sonhada graduação. Eu não sinto peso nenhum em estar na preta, pelo contrário, estou amarradão em poder competir contra os caras que antes eu ficava estudando as posições que eles fazem, estou me dedicando muito para poder estar bem comigo mesmo e fazer bonito nas competições.

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Gutemberg se emocionou ao receber a graduação máxima do Jiu-Jitsu de seu mestre (Foto arquivo pessoal)

– Estreia em competições na faixa preta já com título

Então, na minha estreia eu fiz cinco lutas no Chicago Open, finalizei quatro e fui finalizado na final do absoluto (pelo Keenan Cornelius), foi uma experiência maneira, meu primeiro campeonato de faixa-preta e realmente na preta um erro custa a vitória. Vi os erros cometidos e os acertos também, e já estou melhorando os dois aspectos para voltar ainda melhor.

– Principais diferenças da faixa marrom para a faixa preta

Como eu falei, não sinto pressão em lutar na faixa preta, estou é amarradão em poder encarar essa galera incrível. Fiquei um pouco nervoso na estreia, o que é normal, senti um pouco de fadiga em alguns momentos, mas é algo a ser ajustado, nada muito difícil. O que muda mesmo é a margem de erros. Contra um faixa-preta de alto nível, qualquer erro pode significar a derrota, um erro é o que eles precisam para ganhar de você, então eu estou me adaptando a isso. To treinando para diminuir ao máximo a minha margem de erro.

– Próximos planos dentro do Jiu-Jitsu e teste no MMA

Esse ano eu to obcecado em melhorar. Voltei a estudar bastante lutas e posições, vendo as falhas do meu jogo, tentando variar ao máximo o que eu posso nos treinos. Estou muito motivado em melhorar o meu corpo e a minha alimentação, focado na minha academia também, a GFTeam Toledo, então esse ano as minhas prioridades são evoluir meu jogo e melhorar a minha academia. Em relação ao MMA, agora eu não penso. Estou no meu primeiro ano de preta, quero curtir mais, lutar mais e enfrentar todos esses grandes nomes. Depois que eu ganhar títulos importantes, aí eu penso em MMA. Não é algo que eu descarto para o futuro, então, se Deus permitir e tudo der certo na minha carreira no Jiu-Jitsu, quem sabe em alguns anos não me testo (risos).

– Principal sonho/objetivo em sua caminhada no Jiu-Jitsu

O meu grande objetivo no Jiu-Jitsu, primeiramente, é ser o melhor que eu posso ser. Não falo isso da boca pra fora, eu realmente tenho o desejo de ser a melhor versão de mim mesmo, ser um cara completo, finalizador, agressivo, para quando eu for velhinho, poder assistir aos meus vídeos e falar para mim mesmo:”eu era sinistro”. Sentir orgulho disso. Também tenho o objetivo de ter algumas academias aqui nos Estados Unidos e condições de abrir uma grande academia, com todo suporte para atletas, na minha cidade natal, Salvador (Bahia). Criar um projeto social lá, algo para somar na cidade, na comunidade, isso seria ótimo.