Multicampeã, Bia Mesquita exalta carreira e garante: ‘Nada é mais gratificante do que ser inspiração’

Multicampeã, Bia Mesquita exalta carreira e garante: ‘Nada é mais gratificante do que ser inspiração’

Beatriz Mesquita não teve tempo para descanso. Após conquistar seu oitavo título mundial de Jiu-Jitsu no início deste mês, o sexto na divisão dos pesos-leves, pela IBJJF, Bia voltou a vencer mais um torneio de lutas casadas. A estrela da Gracie Humaitá foi o grande destaque do EBI 16 (Eddie Bravo Invitational), encerrado no dia 24 de junho, na Califórnia (EUA), ao finalizar todas suas quatros lutas pelo cinturão. Bia, além do cinturão do Grand Prix peso-galo feminino sem quimono, foi premiada com uma boa quantia em dinheiro.

Empolgada com a campanha no EBI, Bia revelou como fez pra finalizar quatro lutas mesmo com apenas três semanas de treinos sem quimono. Na final, ela superou a fera Bia Basílio.

“O EBI é um campeonato de alto nível e só para convidadas. Tiveram campeãs mundiais de Jiu-Jitsu, lutadoras do UFC e Invicta. Eu fiz quatro lutas para ser campeã e consegui finalizar as três primeiras dentro das regras de 10 minutos. Na final, fui capaz de finalizar em 4 segundos do tempo extra, o ‘overtime’. Foram duas finalizações no armlock e duas no triângulo. O treino foi puxado e só tive três semanas depois do Mundial pra tirar o quimono e ter certeza que eu estaria pronta pra conquistar esse cinturão”, revelou a experiente Bia.

Faixa-preta desde 2011, a lutadora brasileira é, hoje, uma das maiores estrelas do Jiu-Jitsu feminino, e a seguir, contou a fórmula para ter uma carreira tão bem sucedida no esporte.

“Sinto-me abençoada por ter construído uma carreira tão brilhante e tenho orgulho da mulher que me tornei. Não há nada mais gratificante do que receber mensagens de pessoas do mundo todo dizendo o quanto me admiram, o quanto eu sou uma inspiração para elas. Minha missão é continuar fazendo um bom trabalho e mostrar que o Jiu-Jitsu é um esporte incrível. É possível viver do sonho quando você acredita, com certeza”, comentou Bia, antes de analisar suas recentes conquistas no cenário competitivo da arte.

“Eu sempre disse que ser campeã e chegar ao topo não é fácil. Se manter no topo é ainda mais difícil. Hoje, nesses 7 anos de faixa-preta, eu me vejo completamente realizada com minha carreira. Todo meu esforço, dos meus pais, dos meus professores e de todos que acreditaram que eu era capaz valeu a pena. Eu conquistei o grande sonho do título mundial na faixa-preta seis vezes na categoria leve e duas vezes no absoluto. E sem o quimono, minha maior conquista foi o ADCC 2017, os três Mundiais No-Gi e agora o EBI”, encerrou.