Nepomuceno analisa disputa de título no WGP e detalha rivalidade com Gabi Garcia: ‘Levou para o lado pessoal’

Nepomuceno analisa disputa de título no WGP e detalha rivalidade com Gabi Garcia: ‘Levou para o lado pessoal’

Por Mateus Machado

Após um ano e meio longe dos ringues em recuperação de uma grave lesão no joelho, Bárbara Nepomuceno está pronta para retornar em grande estilo. No próximo sábado (24), a brasileira fará a luta principal do WGP 51, em Brasília, em duelo pelo cinturão contra Valdirene Stanski. O confronto será ainda mais especial para Bárbara, já que trata-se de uma revanche. A lutadora lesionou seu joelho justamente em combate contra a adversária em questão, e na ocasião, acabou perdendo o título, que hoje pertence a “Val”.

Com sede de vitória, Nepomuceno, porém, tem outros planos para a carreira. Consagrada no Kickboxing nacional, a atleta tem contrato assinado com a organização coreana de MMA ROAD FC. Bárbara tinha a expectativa de realizar seu debute na modalidade em dezembro, no entanto, teve os seus planos frustrados, como revelou em entrevista à TATAME.

“Eu tenho um contrato assinado com o ROAD FC, mas ainda não tenho uma data certa para estrear. Seria em dezembro deste ano, mas por motivos não divulgados, tivemos a luta adiada para o próximo ano. É aguardar”, revelou a lutadora, atualmente aos 28 anos.

A capixaba, além do duelo no WGP e a expectativa para estrear no ROAD FC, ainda falou sobre a rivalidade recente com Gabi Garcia, multicampeã no Jiu-Jitsu e invicta no MMA.

Confira a entrevista completa com Bárbara Nepomuceno:

– Retorno ao WGP em disputa de cinturão

A expectativa é grande! Estou muito feliz de estar retornando ao WGP para mais uma disputa de cinturão após um ano e meio longe dos ringues. Nesse tempo, fiz uma preparação excepcional com meu mestre Augusto Nasser e meu preparador físico Felipe Carvalho, que me colocaram em condições físicas e técnicas surpreendentes para a luta.

– Voltar em revanche com gosto especial

Tem, sim, com certeza. Foi muito duro ficar longe dos treinos esse período, pensei até que não conseguiria lutar em alto nível novamente. Mas me dediquei diariamente com meus treinadores e meus parceiros de treino da Team Big G e hoje me sinto melhor que antes.

– Foco no MMA após combate pelo WGP

Pretendo, sim, focar na minha carreira de MMA após esta disputa de cinturão, e eventualmente, se eu for convidada, aceitaria participar de alguns torneios de luta em pé.

– Planos para a estreia pelo evento ROAD FC

Eu tenho um contrato assinado com o ROAD FC, mas ainda não tenho uma data certa para estrear. Seria em dezembro deste ano, mas por motivos não divulgados, tivemos a luta adiada para o próximo ano. Então também estou na expectativa de saber essas informações a respeito de uma data e uma adversária para poder fazer minha estreia.

– Análise da sua migração para o MMA

Apesar de ser uma striker, acho que vou bem na parte de chão do MMA. Não sou uma grappler, obviamente, mas aprendo muito rápido e me dedico muito aos treinos. Mas sempre na visão do MMA e do meu estilo de luta, tentando juntar o melhor de tudo.

– Começo da rivalidade com a Gabi Garcia

Há dois anos, eu fiz um vídeo de desafio público a Gabi Garcia após ler uma matéria onde ela relatou que tinha dificuldades em conseguir adversárias no peso e que teria de lutar com homens. Aproveitei essa deixa e fiz, de forma respeitosa, o desafio. Mas ela acabou levando para o lado pessoal. Disse que me fecharia as portas no Rizin FF (organização onde Gabi luta), que eu não tinha nível para lutar com ela e também começou a me denegrir como pessoa e lutadora. Na minha opinião, não fiz nada demais. Lutadores lutam, e eu a chamei para fazer o que fazemos todos os dias: lutar! Porém, ela interpretou de uma outra maneira. De qualquer modo, estou no aguardo de alguma grande organização de MMA para promover essa luta. Por conta dessa rivalidade, eu acho que seria um grande show.

– Principais inspirações dentro do MMA

Eu gosto de muitos lutadores, cada um com suas características. Anderson Silva, Cris Cyborg, Lyoto Machida e alguns gringos, como o Donald Cerrone, Khabib Nurmagomedov, Jon Jones, entre outros. Meu objetivo é me firmar como um dos grandes nomes femininos da modalidade, como consegui com o Kickboxing aqui no Brasil, e ir atrás de títulos.