Embalada por vitórias, Polyana Viana analisa duelo no UFC Vegas 55 e diz: ‘Estou com a mente blindada’

Com duas vitórias consecutivas, Polyana Viana terá pela frente a compatriota Tabatha Ricci no card do UFC Vegas 55; confira a entrevista

Embalada por vitórias, Polyana Viana analisa duelo no UFC Vegas 55 e diz: ‘Estou com a mente blindada’

Polyana Viana vai enfrentar a compatriota Tabatha Ricci no card do UFC Vegas 55, no sábado (Foto: Reprodução)

* Com algumas mudanças importantes em sua vida pessoal e também em sua carreira, Polyana Viana está pronta para entrar em ação no card do UFC Vegas 55, que acontece no próximo sábado (21), em Las Vegas, nos Estados Unidos. A adversária da brasileira será a compatriota Tabatha Ricci, em confronto válido pela categoria peso-palha feminino.

Desde sua última luta, em fevereiro do ano passado, Polyana Viana passou por algumas mudanças. Primeiro, de cidade. A lutadora do UFC, que morava no Rio de Janeiro nos últimos anos, agora mora em São Paulo, e com isso, também veio a mudança de equipe. Antes a paraense fazia parte da TFT, mas agora integra a Chute Boxe/Diego Lima, equipe que conta com nomes como Charles do Bronx, Allan Puro Osso e Alan Nuguette, entre outras feras.

Bem adaptada à mudança de cidade e equipe, Polyana Viana vive uma boa fase no UFC. Com 29 anos e um cartel de 12 vitórias e quatro derrotas no MMA, a “Dama de Ferro” vem embalada por dois triunfos consecutivos no Ultimate, sobre Emily Whitmire e Mallory Martin, respectivamente. Em caso de vitória sobre Tabatha Ricci no UFC Vegas 55, Polyana poderá, possivelmente, já pensar em oponentes que estejam ranqueadas.

“A minha categoria é a divisão que tem mais meninas, mas eu acredito que esse ano, com uma vitória sobre a Tabatha Ricci, talvez na próxima luta eu já consigo entrar no ranking. Em 2022, eu queria fazer pelo menos quatro lutas, mas a minha primeira luta está sendo já no meio do ano, então talvez eu consiga fazer só três”, projetou Polyana Viana, em entrevista exclusiva à TATAME.

Ao longo do bate-papo, Polyana Viana trouxe mais detalhes da sua mudança de cidade e equipe, analisou o confronto que vai fazer diante de Tabatha Ricci no UFC Vegas 55 e também o atual momento da sua carreira na organização norte-americana.

Veja a entrevista na íntegra com Polyana Viana:

– Mudança do Rio para São Paulo

A mudança do Rio de Janeiro para São Paulo foi bem tranquila. Eu já tinha vindo conhecer a academia antes e também o apartamento que eu ia morar. A mudança foi boa e a adaptação foi melhor ainda, porque eu nunca gostei de morar no Rio de Janeiro, não gostava da cidade, não tenho nada contra, nem sei o motivo. Já em São Paulo, eu me adaptei melhor, talvez por eu ter mais amigos aqui, até mesmo fora do ambiente da luta.

– Mudança para a Chute Boxe/Diego Lima após ida para SP

Eu queria mudar de cidade, então, consequentemente, eu tive que mudar de equipe e sair da TFT (Tata Fight Team), afinal, não tinha como morar em São Paulo e treinar no Rio de Janeiro, seria um gasto muito grande. Quando optei por morar em São Paulo, eu já entrei em contato com o Diego (Lima, líder da Chute Boxe em SP), e aí ele me convidou para conhecer a academia.

Daí eu vim, passei uma semana, conheci a equipe, treinei um pouco. Já conhecia o Charles (do Bronx) de anos, e graças a Deus deu tudo certo. O forte da equipe é o Muay Thai, que na verdade é o meu ponto fraco (risos), então eu estou evoluindo bastante na parte em pé da luta, mas sem esquecer do chão, que também venho treinando todos os dias.

– Período sem treinar e retorno às atividades

Tive que ficar quatro meses afastada por conta da cirurgia que fiz devido a um problema no seio. Foi um mês que fiquei tentando seguir os treinamentos, mesmo machucada, mas foi só piorando. Era um mês que eu ia treinar um dia e ficava outros 10 dias parada. Por isso, tive que fazer a cirurgia para poder continuar treinando, e por isso, precisei ficar três meses de repouso.

Quando voltei, a primeira semana foi muito difícil, e eu voltei fazendo todos os treinos da semana. Fiquei quebrada, mas continuei, e desde a primeira semana, eu nunca faltei um treino. Estou treinando bastante, me sentindo muito bem em todos os sentidos. Estou com a mente blindada para essa luta e vamos para cima. Vai ser vitória, com certeza.

– O que você achou do casamento da luta contra a Tabatha Ricci? E qual sua opinião sobre enfrentar uma atleta da mesma nacionalidade no UFC?

Gostei muito do casamento da luta, acho que vai ser um duelo muito bom. Não é que eu veja problema, mas nós, brasileiros, já somos ‘preteridos’ no evento, já somos diminuídos dentro do evento. Por isso eu acho que eles colocam os brasileiros para se enfrentar, justamente para que muitos não cheguem no topo. É o que eu vejo. Então, não é que eu veja problema em enfrentar uma brasileira, mas eu acho uma coisa chata. Mas se é o jeito e temos que ir, então vamos (risos).

– E como você analisa o estilo de luta da sua adversária?

Eu acho que o estilo de luta dela é de chão também, assim como eu. Eu vi algumas lutas e ela gosta muito de porrada, mas eu acredito que o estilo dela seja da luta agarrada. Não gosto muito de ficar vendo lutas e lutas, já foi o tempo de fazer isso. Hoje em dia eu vejo uma, duas lutas, só para eu ter uma noção do que minha adversária faz, e depois eu trabalho meu jogo para ela se defender de mim. Gosto de fazer o meu jogo sempre.

– Sequência de duas vitórias no UFC após perder três lutas seguidas

Foi bem difícil essa sequência de três derrotas seguidas, mas faz parte, a carreira é feita de altos e baixos. Agora estou com duas vitórias e, se Deus quiser, vem mais uma, assim como lá na frente virão derrotas e também vitórias. Eu evoluí muito na parte mental, porque antes eu me deixava levar pelo coração e sentimentos. Eu escutava muitas pessoas, pessoas de fora, que não agregavam no meu treino e na minha vida.

Escutava demais até opinião de córner, que eu sei que está para me passar a visão e para o meu bem, mas às vezes eu deixava o meu jogo de lado para escutar o que eles me mandavam fazer. Não falo que é errado, mas sou oriunda do Jiu-Jitsu. Um exemplo: a possibilidade do professor de Muay Thai falar para eu trocar contra uma adversária do Muay Thai. Isso não existe, eu tenho que botar para baixo e fazer o meu jogo.

Acho que evoluí muito meu mental e fazer mais o que eu sinto na hora da luta, claro, sem deixar de escutar as opiniões pertinentes dos meus professores, mas agora também colocando em prática o que eu sei e o que confio no meu jogo. Estou sentindo mais a luta.

Polyana Viana vem embalada por duas vitórias consecutivas no UFC (Foto: Divulgação/UFC)

Polyana Viana vem embalada por duas vitórias consecutivas no UFC (Foto: Divulgação/UFC)

– Por fim, Polyana Viana, como você analisa sua categoria e quais são seus próximos planos dentro do UFC?

A minha categoria é a divisão que tem mais meninas, mas eu acredito que esse ano, com uma vitória sobre a Tabatha Ricci, talvez na próxima luta eu já consigo entrar no ranking. Em 2022, eu queria fazer pelo menos quatro lutas, mas a minha primeira luta está sendo já no meio do ano, então talvez eu consiga fazer só três. Queria compensar o ano passado, onde lutei só uma vez, por conta desse problema que tive no seio, mas vamos ver.

CARD COMPLETO:

UFC Vegas 55
UFC Apex, em Las Vegas (EUA)
Sábado, 21 de maio de 2022

Card principal (20h, horário de Brasília)
Peso-galo: Holly Holm x Ketlen Vieira
Peso-meio-médio: Santiago Ponzinibbio x Michel Pereira
Peso-médio: Chidi Njokuani x Dusko Todorovic
Peso-palha: Polyana Viana x Tabatha Ricci
Peso-médio: Eryk Anders x Jun Yong Park

Card preliminar (17h, horário de Brasília)
Peso-médio: Joseph Holmes x Alen Amedovski
Peso-pesado: Jailton Malhadinho x Parker Porter
Peso-leve: Omar Morales x Uros Medic
Peso-galo: Jonathan Martinez x Vince Morales
Peso-pena: Chase Hooper x Felipe Cabocão
Peso-palha: Elise Reed x Sam Hughes

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