Prestes a estrear no UFC São Paulo, brasileiro lembra passado como assistente de marketing, corretor e modelo
* Formado em Administração e com trabalhos realizados como assistente de marketing, corretor de imóveis e até mesmo como modelo, Antonio Arroyo foge do estereótipo natural do lutador de MMA brasileiro. A paixão e o vício pelas artes marciais, no entanto, fizeram com que o paraense depositasse todas as suas fichas no MMA, onde atualmente contabiliza um cartel de nove vitórias e apenas duas derrotas profissionalmente.
Oriundo do Muay Thai, Antonio teve seu esforço recompensado e, após receber duas chances para lutar no reality show “Contender Series”, conseguiu o contrato com o Ultimate e fará sua estreia no próximo sábado (16), diante do compatriota André Sergipano, no card do UFC São Paulo, no Ginásio do Ibirapuera.
Na primeira temporada do “Contender Series”, Arroyo teve boa atuação e derrotou Diego Gaúcho por decisão unânime dos jurados. O contrato com o Ultimate, todavia, não veio. O peso-médio ficou quase um ano sem lutar e foi chamado para a segunda temporada do reality, fazendo a luta principal do quarto episódio, diante de Stephen Regman. Uma bela finalização no segundo round, enfim, garantiu a vaga do brasileiro na maior organização de MMA do mundo, conforme Antonio contou a seguir.
“Fiquei quase um ano sem lutar, mas o fato de ter feito uma boa luta na outra temporada fez com que eu fosse chamado de novo, agora para fazer a luta principal, novamente contra um adversário duro, mas pude dominar a luta por completo e fui chamado pelo Dana White para assinar o contrato e garantir minha vaga no UFC. Foi um sentimento inexplicável, sem dúvida”, relembrou o atleta, em entrevista à TATAME.
Confira o bate-papo na íntegra com Antonio Arroyo:
– Expectativa de fazer a estreia pelo UFC
Estou muito feliz de poder fazer minha primeira luta pelo UFC logo no Brasil, em um grande centro, que é São Paulo, e a preparação está sendo ótima. Decidi não fazer minha preparação fora do país desta vez, fiquei com minha equipe em Belém mesmo, pelo fato da luta ser em São Paulo, e me sinto bem demais, 100% saudável e pronto para conquistar uma grande vitória nesse primeiro passo, com certeza.
– Mudanças de adversário durante a preparação
Sobre as mudanças de adversário, é uma coisa que qualquer atleta de MMA está sujeito e comigo não foi diferente. É óbvio que não é uma coisa confortável, mas a gente busca se preparar e traçar uma estratégia pra lutar com qualquer um. O Sergipano é um lutador de qualidade e faremos uma grande luta.
– Vaga no UFC através do Contender Series
Foi uma surpresa, uma oportunidade única. Na primeira vez, fui chamado em cima da hora, lutei, lutei bem, e venci um cara duro, o Diego Gaúcho. Não tive meu contrato assinado naquela ocasião, mas sabia que tinha feito um bom trabalho. Fiquei quase um ano sem lutar, mas o fato de ter feito uma boa luta na outra temporada fez com que eu fosse chamado de novo, agora para fazer a luta principal, novamente contra um adversário duro, mas pude dominar a luta por completo e fui chamado pelo Dana White para assinar o contrato e garantir minha vaga no UFC. Foi um sentimento inexplicável, sem dúvida.
– Trabalhos em outras áreas e decisão pelo MMA
Eu sempre fui viciado em luta, sempre gostei muito de treinar e me aperfeiçoar, mas de início, acabei optando por outros caminhos, me formei em Administração, trabalhei como assistente de marketing, corretor de imóveis e cheguei até a fazer alguns trabalhos como modelo, também em comerciais. Tudo isso porque nós sabemos que as condições para um atleta de MMA aqui no Brasil não são boas, é difícil ver um evento nacional pagar uma boa bolsa para o atleta. Mas ao mesmo tempo, eu já estava desgastado com a rotina engessada que eu levava e resolvi me arriscar de vez nas artes marciais. Já treinava muito Muay Thai, Boxe, Jiu-Jitsu e o que eu fiz foi me focar mais nas áreas da luta e me aventurar no MMA. O início não foi fácil, como é normal na rotina de qualquer lutador, mas aos poucos as coisas foram melhorando, fui evoluindo, conquistando boas vitórias e aqui estou hoje, prestes a estrear no maior evento de MMA do mundo.
– Como você projeta sua trajetória no UFC
Eu projeto as melhores coisas possíveis. Quero fazer uma trajetória longa no evento, conquistando boas vitórias, sabendo que preciso ir subindo degrau por degrau, sem pressa. Vou fazer minha luta de estreia, quero vencer bem, aos poucos me ranquear na minha categoria e ser mais um grande representante do Pará no Ultimate. Quero que as pessoas saibam que venho de Belém e quero representar minha cidade e meu estado. Sempre com os pés no chão e me preparando diariamente, com o foco direcionado no melhor.
CARD COMPLETO:
UFC Fight Night 164
Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo (SP)
Sábado, 16 de novembro de 2019
Card principal
Peso-meio-pesado: Ronaldo Jacaré x Jan Blachowicz
Peso-meio-pesado: Maurício Shogun x Paul Craig
Peso-leve: Charles do Bronx x Jared Gordon
Peso-médio: Antônio Arroyo x André Sergipano
Peso-médio: Markus Maluko x Wellington Turman
Card preliminar
Peso-meio-médio: Serginho Moraes x James Krause
Peso-pena: Ricardo Carcacinha x Eduardo Garagorri
Peso-leve: Francisco Massaranduba x Bobby Green
Peso-meio-médio: Warlley Alves x Randy Brown
Peso-pena: Douglas D’Silva x Renan Barão
Peso-mosca: Ariane Lipski x Veronica Macedo
Peso-galo: Vanessa Melo x Tracy Cortez
* Por Mateus Machado