Pride ou ADCC: qual foi a melhor versão de Arona ao longo da vitoriosa carreira? Veja e opine
Em busca de respostas sobre qual foi a melhor versão de Ricardo Arona, a TATAME conversou com Carlão Barreto e Bebeo Duarte
Arona brilhou no Pride e foi multicampeão no ADCC (Foto: Reprodução)
* Ricardo Arona é um dos maiores nomes do MMA e de Jiu-Jitsu de todos os tempos. O “Tigre” brasileiro inspirou uma geração de fãs e, ainda hoje, consegue ser lembrado com muito respeito entre os amantes da luta, mesmo não competindo há muitos anos. A última aparição aconteceu em setembro de 2009, quando, aos 31 anos, venceu Marvin Eastman pelo evento Bitetti Combat 4.
Em busca de respostas sobre qual foi a melhor versão de Ricardo Arona, a TATAME conversou com Carlão Barreto, comentarista do UFC Fight Pass, e Bebeo Duarte, lendário treinador da BTT. Ambos acompanharam de perto a trajetória do aluno de Carlson Gracie nos tatames e também dentros dos ringues.
Carlão Barreto afirmou, com convicção, que o faixa-preta de Jiu-Jitsu nasceu para competir no ADCC. O comentarista também apontou sobre o feito de Arona de nunca ter recebido um ponto no torneio.
“É difícil falar, mas eu acho que Ricardo Arona nasceu para o Grappling, nasceu para lutar ADCC. Ele foi um campeão indiscutível, um cara que nunca levou ponto nesse evento – a Copa do Mundo do Grappling. Não que ele não tenha sido um grande atleta no Pride, mas parece que Ricardo Arona nasceu para lutar no ADCC, e o ADCC reconheceu isso colocando-o no Hall da Fama (em 2022)”, afirmou Carlão.
O comentarista também destacou a importância de Arona para o MMA, afirmando que o atleta foi um grande nome do Pride. Vale lembrar que, durante a trajetória nas artes marciais mistas, o carioca somou 14 vitórias e cinco reveses na carreira, para nomes como Fedor Emelianenko, Rampage Jackson, Maurício Shogun, Rameau Thierry Sokoudjou e Wanderlei Silva.
Já Bebeo Duarte definiu o amigo de longa data como dois atletas diferentes. Indagado sobre qual foi a melhor versão de Arona, o ex-professor da Brazilian Top Team disse que ambas as modalidades foram executadas com perfeição.
“Acho que existem dois Ricardo Arona – o lutador de MMA/Vale-Tudo e o lutador de Grappling (ADCC). E ele teve boas épocas nas duas versões, ele foi muito bom sem quimono, no Grappling estava no auge nessa época. E, depois, ele foi “o cara” do Pride, do Vale-Tudo, da porrada. Então assim, eu acho que são lutas diferentes do mesmo atleta e momentos diferentes da carreira dele”, disse Bebeo.
O “Tigre” somou grandes vitórias no MMA, sendo os maiores triunfos contra Dan Henderson, Murilo Nija, Dean Lister, Kazushi Sakuraba, Alistair Overeem e Wanderlei Silva. O “Cachorro Louco” foi o grande rival do fluminense, onde se enfrentaram duas vezes, com uma vitória para cada lado.
Já no Grappling, o carioca é considerado uma lenda ainda maior, tendo vencido o ADCC em quatro ocasiões – sendo duas vezes na categoria, uma absoluto e outra conquista na superluta. Inclusive, o casca-grossa superou Tito Ortiz, Vitor Belfort e Kareem Barkalev – com quem protagonizou uma pequena rivalidade depois do campeonato, quando precisaram ser separados por cerca de cinco árbitros, na terceira edição do torneio.
*Por Damares Farias